domingo, 28 de agosto de 2016

Tagarro 2016

Depois do sucesso da edição de 2015, voltei com o pessoal à vila de Tagarro para participar na sua prova de 10km. Prova muito bem organizada e com aquele que o presidente da organização considera - com grande justiça - o saco de ofertas mais completo do calendário nacional:  t-shirt técnica com o logótipo dos 10 Km e um saco com garrafa de vinho, caneca em barro, lata de atum e bolos tradicionais da região. Para além disso, cada dorsal dá direito no final da prova a uma sandes de porco no espeto e a um (ou vários) copos de vinho servidos na caneca é oferecida. Tudo isto por 8€. Digam lá se encontram tantas ofertas nas provas mais tradicionais de Lisboa? São 10€ e um saco com a t-shirt da prova e umas amostras.

A eficiência da organização começa na frequente divulgação de informação via e-mail. Se por vezes pode parecer repetitiva, a questão é que todas as respostas a eventuais perguntas estão respondidas nas diversas comunicações. Este modo de operar não me é estranho visto que se trata da mesma equipa organizadora da prova de Alverca, pelo que nos últimos dois anos fiz 4 provas desde grupo organizador e gostei bastante da frequente interacção com os participantes.

Da nossa parte estava tudo bem organizado, ponto de encontro e boleias combinadas, algumas pessoas a irem ter directamente a Tagarro. Os problemas começaram com um acidente na A1 antes de Aveiras que nos atrasou uns bons 30 minutos e que causou ainda mais problemas a quem ia chegar perto da hora da partida. Tudo se resolveu, com maior ou menos dificuldade.

Ao chegar a Tagarro tínhamos imediatamente staff a coordenar o estacionamento e a orientar-nos até à entrega dos dorsais. Ao chegar ao local foi muito fácil e tudo estava separado à nossa espera. Perfeito.

Dorsais e chips colocados, algumas fotos de última hora, confirmar onde estavam os colegas que ainda não tinham chegado e quando menos demos por isso estávamos a partir.

O percurso é circular e damos duas voltas quase iguais, com uma primeira passagem junto à meta para depois iniciar a segunda volta. Os primeiros kms são por dentro da vila num carrossel de curvas e contra-curvas em zonas mais estreitas e, pior que isso, num ligeiro sobe e desce que mói por ser constante. Antes dos 3kms estamos na EN366 onde temos uma recta mais longa para poder rolar ao melhor ritmo possível. Foi exactamente nessa zona que percebi que, apesar de um arranque vivo ia ter dificuldades em aguentar a minha própria pedalada pelo que decidi moderar o meu esforço e alterar o objectivo inicial de tentar voltar a fazer abaixo dos 50:00 e passei a ter em mente fazer menos que no ano passado e divertir-me pelo caminho. Duas semanas e meia sem treinar fazem mossa e não foram os dois treinos recentes que me devolveram a forma ideal. Sem stress!

À medida que me ia cruzando com outros colegas percebi que não estava muito distante deles mas que quem tinha o mesmo objectivo inicial que eu também não o ia conseguir atingir.

A partir daqui foi gerir o andamento, posar para as fotografias (aguardo com curiosidade ver algumas), ir trocando uma ou outra palavra com outros atletas para dar força e ir puxando pelo público sempre que possível sobretudo nas zonas onde havia mais espectadores dentro da povoação, pedindo palmas e para fazerem barulho para apoiar os atletas. Fui sempre bem correspondido. Já na recta da meta (uns 600 metros sempre a subir) pedi apoio a quem estava de fora e alguém me ofereceu a bicicleta para acabar a prova. Respondi que não podia ser, não sei andar de bicicleta portanto tinha que terminar a correr. Assim foi, sempre com um ar triunfante independentemente do resultado. No fim de contas, acabar sempre o primeiro objectivo.

Seguiu-se o apoio a quem ainda terminava a prova e uma ida ao fundo da recta da meta buscar colegas que chegavam com mais dificuldade. A camaradagem de sempre, porque se não for assim não faz sentido. E depois de uma rápida mudança de roupa (também havia banhos para quem quisesse ficar na festa até mais tarde) vieram os comes e bebes a que tínhamos direito e a confraternização final antes do regresso a casa. Pelo meio uma conversa com o mesmo atleta, agora com 74 anos, com quem troquei umas palavras no ano anterior e votos de boas provas e saúde que é o mais importante para continuar a desfrutar destes momentos. O meu pai fez 75 anos na semana passada e tomara que tivesse 10% da saúde física e da força mental deste atleta. 

Para o ano há mais. Esta prova está nas provas obrigatórias do calendário anual e espero que se continue a repetir por muitos e bons anos.



Por falar em calendário, salvo alguma surpresa em contrário, esta foi a última prova de 10km que fiz em 2016. Agora seguem-se sempre provas mais longas, a próxima das quais será a Meia Maratona de São João das Lampas dia 10 de Setembro - só preciso de acertar umas arestas para confirmar a inscrição. A partir de agora foco total nos treinos para a Maratona do Porto: faltam 70 dias!

Prova nº 41 - 10km de Tagarro 2016 - 10km - 00:53:31

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