quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Natal

Eh pá, não vim cá deixar uma mensagem de Natal e se calhar agora é tarde, não? Se desejar Boas Festas ainda pode ser? Olhem, deixem estar. Fiquemos com estas verdades que li por aí durante estes últimos dias:

- O Natal não é a Black Friday. Não confundam os dois.
- Mais vale engordar uns quilos agora entre o Natal e o Ano Novo do que depois entre o Ano Novo e o Natal!

E agora pensem naquele gesto especial e diferente do habitual que tiveram, pensem naquela mensagem de Natal que enviaram a alguém com quem não falavam há imenso tempo e que deu origem a uma boa oportunidade para meterem a conversa em dia. Pensem em tudo aquilo que fizeram "porque é Natal" e façam-no todos os dias. Porque todos os dias é Natal e todos os dias recebemos prendas preciosas às quais nem sequer temos tempo [ou discernimento] para apreciar e dar o devido valor por já nos aparecerem desembrulhadas à nossa frente.


"Everyday is Christmas"
Sia
Oh, father time
You and me and holiday wine
Wait for the snow
I will read the last that they wrote
 
Said I'm by the open fire
Lovin' you is a gift tonight
Lovin' you for all my life
Lovin' you is a gift tonight
 
Oh, everyday is Christmas when you're here with me
I'm safe in your arms, you're my angel baby
Everyday is Christmas when you're by my side
You're the gift that keeps givin', my angel for life
Everyday is Christmas, everyday is Christmas
Everyday is Christmas with you by my side
Everyday is Christmas, everyday is Christmas
Everyday is Christmas with you by my side

Oh, you're my love
You're the joy in my holiday song
And when you smile I can't breathe
Can't believe that you're mine

Said I'm by the open fire
Lovin' you is a gift tonight
Lovin' you for all my life
Lovin' you is a gift tonight

Oh, everyday is Christmas when you're here with me
I'm safe in your arms, you're my angel baby
Everyday is Christmas when you're by my side
You're the gift that keeps givin', my angel for life
Everyday is Christmas, everyday is Christmas
Everyday is Christmas with you by my side
Everyday is Christmas, everyday is Christmas
Everyday is Christmas with you by my side

Ohh-oh-oh-oh-oh
Oh-oh-oh-oh
Oh-oh-oh-oh-ohh
Ohh-oh-oh-oh-oh
Oh-oh-oh-oh
Oh-oh-oh-oh-ohh
Ohh-oh-oh-oh-oh
Oh-oh-oh-oh
Oh-oh-oh-oh-oh
With you by my side
Ohh-oh-oh-oh-oh
Oh-oh-oh-oh
Oh-oh-oh-oh-ohh
With you by my side
Ohh-oh-oh-oh-oh
Oh-oh-oh-oh
Oh-oh-oh-oh-ohh
With you by my side

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Troféu das Localidades - Cruz Quebrada

Há pouco mais de um ano fiz a minha primeira prova no circuito do troféu das localidades que engloba provas de Sintra, Oeiras e Cascais. Adorei o convívio com o nosso grupo tagarela e fiz questão de voltar sempre que possível. Descobri entretanto que só fiz quatro provas na época passada, muito menos do que eu achava que tinha feito, mas isto é sinal que estando em boa companhia o pouco parece imenso.

Voltei a inscrever-me para a época 2017/2018 do troféu. As provas são gratuitas, intensas em termos de competitividade entre as colectividades dos concelhos e primam por percursos duros que são uns autênticos trails urbanos com pelo menos uma subida exigente a meio e com um constante parte-pernas. E eu gosto disso à brava! A novidade foi ter-me inscrito pela nossa equipa amiga em vez de o fazer pela minha. Assim, em vez de termos 3 ou 4 gatos pingados e fazer uns pontinhos aqui e ali sem qualquer impacto na classificação, estamos num grupo de uns 60 ou 70 inscritos e que - mesmo não indo todos a todas as provas - no total dos vários escalões acabam por ter algum relevo. A juntar à festa - e acreditem que o grupo faz a festa onde quer que vá - corri pela primeira vez de sempre com outra camisola que não a da minha equipa. E soube-me bem porque estamos entre amigos que têm o mesmo espírito festivo e de entre-ajuda no mundo da corrida. Com eles temos partilhado bons momentos e alguns eventos que já foram organizados e estamos em família. E foi curioso que durante a corrida quando ia pela Marginal comecei a ouvir dois atletas atrás de mim a conversar até que um diz o nome da equipa lido na minha camisola, diz que nos conhece bem e que temos enchido estas provas de alegria desde que nelas temos participado. Ora eu que só tinha feito quatro das provas da época passada e até sou "apenas" um elemento convidado não seria a melhor pessoa para falar em nome da equipa mas agradeci o elogio e disse que se não é para fazer disto uma festa não vale a pena vir. Este atleta ainda me encontrou no final da prova, deu-me um abraço e incentivou-nos a continuar com este espírito. Assim faremos, mesmo que haja uma pessoa ou outra que pudesse ser menos exuberante, mas cada um atira cá para fora o que lhe vai na alma à sua maneira...

Da prova retive o facto de ter corrido pela primeira vez na zona do Jamor. Por incrível que pareça nunca tinha lá estado sequer, nem a correr nem a fazer picnic numa qualquer final da Taça de Portugal. Pois que domingo corri e fiz picnic depois da prova, um hábito já muito enraizado sempre que esta malta vai a alguma prova. A subida da praxe lá estava, um quilómetro por dentro do complexo do Jamor onde tive mesmo que andar nos metros finais fruto de me andar a baldar a treinos com muitas subidas - ou a treinos no geral já que a última vez que tinha corrido foi no GP Natal - e também fruto do jantar de Natal da equipa que tinha acontecido no sábado à noite e que este ano foi coordenado por mim. Por outro lado havia por lá uma longa descida a seguir onde estiquei o mais que pude como se estivesse a descer do Saldanha até aos Restauradores.

O muito frio da manhã que se sentia na zona da partida/chegada deu lugar a uma bela manhã de sol assim que deixámos essa rua rumo às restantes que compunham o percurso da prova que foi, para os homens, de quase 7,5km. As mulheres fizeram aproximadamente 4km visto que aqui correm sempre cerca de metade do percurso masculino. Sinto sempre que para elas sabe a pouco e muitas são as que eu vejo partirem com os homens no final do pelotão para fugir à molhada de quem luta pelos lugares cimeiros e assim fazer mais uns quantos quilómetros.

Estava imensa gente na prova. Se é fruto de não haver muitas provas de grande renome neste fim de semana ou fruto de uma maior participação nesta época é algo que ficarei a perceber na próxima a  que for. A minha classificação é sempre modesta e eu também não tenho outras pretensões nesse aspecto. Aquilo para onde olho nestas provas é o ritmo final e a média de 5:12m/km foi a melhor que obtive em todas as que participei no troféu das localidades. Não podia pedir mais que isso.

Em termos de provas o ano termina aqui. Desconfio que ainda me apareça a possibilidade de fazer a São Silvestre de Lisboa. Já deixei no ar a ideia de ir sem dorsal para fazer companhia ao pessoal da equipa, entrando no percurso após a confusão da partida e saíndo antes da chegada porque a ideia será só mesmo dar apoio moral a quem precisar. Seja como for ainda não está confirmado. O que está na agenda são mesmo alguns treinos especiais que ainda vamos ter com cheirinho a Natal e a fim de ano.

Em 2018 há mais provas e mais metas. Para Janeiro já tenho o Grande Prémio Peniche a Correr no dia 14 e o Fim da Europa no dia 28 com duas provas do concelho de Cascais no calendário para dias 7 e 21. Se marcar presença em ambas estamos perante um início do ano com provas em todos os fins de semana. Medo...!

Ainda cá voltarei antes do final de 2017 para um balanço - quase obrigatório em todos os blogs de corridas - relativo às 21 metas que cruzei este ano. Será um balanço feliz!

Prova nº 73 - Troféu das Localidades (Sintra, Oeiras e Cascais) - Grande Prémio de Atletismo da Cruz Quebrada - 7,4km - 00:38:27

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

GP Natal 2017

Tentei não ler o post do ano passado, mas falhei redondamente e foi o que acabei de fazer antes de começar a escrever este. Não sei se há mais semelhanças ou diferenças.
Desta vez não me caiu um dorsal na véspera, já me tinha inscrito com a devida antecedência e sabia ao que ia. E ia com esperança de melhorar o tempo do ano passado. É que eu continuo com um problema: o meu record pessoal aos 10km foi no GP Natal 2016 com 48:16 mas com um dorsal que cedido por um amigo. O meu record pessoal em nome próprio é 48:18 feito na Scalabis 2017. É este que eu uso quando me perguntam e quero de uma vez por todas poder deixar de ter que explicar que tenho "dois recordes pessoais".

Spoiler alert: não foi hoje que isso aconteceu! Serei um dos 7 atletas num universo de 4356 finishers que não o fizeram hoje. Vamos já colocar de lado esta questão. Quem estava à espera de um relato épico de um record pode ficar por aqui. Temos "apenas" um relato épico de uma excelente prova, culminada com uma aproximação à meta onde beijo o símbolo da equipa na camisola e depois de terminar ergo os braços, danço ao som da música que saía dos altifalantes terminando com um soco no ar. Tudo isto com um sorriso na cara, imagine-se. Descobri no carro na viagem que regresso a casa que parte disto foi também filmado em directo pelo canal que fez a transmissão da prova e prontamente colocado a circular na rede social. Bonito!

Não fiz grandes análises à prova. Sabia o ritmo final que tinha que atingir, sabia as dificuldades pelo caminho, sabia que é aquele final que (quase) toda a gente gosta. O que não estava nos planos era a jantarada de Natal até às tantas na 6a feira, não pelo jantar em si mas pelo frio que apanhei. Ontem acordei meio constipado e isso manteve-se hoje, apesar de ter atacado com medicação. O nariz entupido era o maior inimigo, mas descobri antes dos 3kms que a respiração estava também a ficar afectada, daí que tenha ido ao bolso dos calções agarrar a bomba para a asma na esperança que fosse ajudar a acalmar. Resultou por uns quilómetros ou pelo menos enquanto o psicológico deixou.

Ao contrário do ano passado comecei forte nas subidas iniciais. Tinha que chegar ao fim com média de 4:49m/km e comecei dentro desse registo mesmo sabendo que podia pagar a factura mais tarde, mas queria chegar a Telheiras abaixo do ritmo desejado sem pensar que podia recuperar alguma perda na descida final. Disse isto no ano passado: estava a correr em ruas que me são familiares mas mantinha a concentração e podia ter as 7 maravilhas do mundo ao lado do passeio naqueles quilómetros que não as teria visto.


Escolhi até levar o relógio "antigo" por ser mais rigoroso a mostrar o ritmo instantâneo e mais fácil para começar/terminar o treino. O novo tem um ligeiro delay no ritmo, embora mostre depois com exactidão o ritmo por quilómetro no final dos mesmos. Mas eu queria saber sempre a quantas andava e fazia eu as contas da média por quilómetro. Era importante chegar a meio da prova com 24 minutos e chegar aos 8km abaixo dos 39 minutos. Foi por isso que fiquei muito contente quando atravessei o tapete de controlo dos 5km com 24:03.

Pequena pausa para dizer que não me vou alargar nos comentários às questões da organização que já foram muito debatidas pela rede social. A camisola é feia, a animação durante a prova foi bastante pior que no ano passado, mas por outro lado a existência de caixas de tempos facilitou no arranque. Aquilo que me vou queixar é da falta de apoio popular nas ruas de Lisboa. Excepto na Avenida da Liberdade onde havia muitas pessoas também por estarem à espera de amigos e familiares, o restante percurso foi uma pasmaceira em termos de apoio. Se ouvi 5 pessoas a bater palmas foi muito. Eu sei que ia focado, mas parece-me que não estou a ser injusto. 

Agora vinha a fase dos túneis. Três quilómetros até ao Saldanha, três túneis. Se no primeiro a coisa não correu mal, no segundo já me senti a fraquejar, não tanto por falta de pernas mas porque a respiração estava a ficar descontrolada. Fiquei até na dúvida se ainda haveria um terceiro túnel de tão desorientado que me sentia. Claro que havia e quando saí dele já tinha a mira apontada ao Saldanha, mas ali a estrada sobe um pouco. Uma pessoa nem nota muito, mas sobe. Mesmo antes de começarmos a descer um amigo apanha-me e mete conversa rápida. Basicamente só me disse para respirar melhor. Eu ia ofegante ao ponto de se notar para quem estava nas redondezas. Já tinha pensado se esse seria o caso e tive ali a confirmação. Como sei que - em estrada - desço melhor que ele arranquei. A chegada ao quilómetro 8 deu-se já bem acima dos 39 minutos. Não consigo precisar exactamente com que tempo foi, mas já era o suficiente para colocar de lado a hipótese de recorde.
Teria que fazer dois quilómetros finais loucos e embora o coração me tivesse dito para partir tudo até aos Restauradores, a razão mandou-me descer a um ritmo forte mas que eu conseguisse manter de forma regular até ao final e foi isso que fiz.

Terminei da forma que já relatei no início. E muito feliz, diga-se! Uma frase feita que aparece de vez em quando no mundo da corrida é "Celebrate finish lines, not finish times!" Nesta prova celebrei ambos porque a chegada à meta marcava um tempo excelente para mim. Trata-se da 5a vez que baixo dos 50 minutos e é o meu quarto melhor tempo aos 10km. Está óptimo! Queria bater o recorde, sim... mas não preciso disso para me sentir feliz numa chegada à meta.

Para juntar à festa, antes da partida e depois da chegada estive com imensos amigos e vi caras conhecidas em catadupa. Tirei fotos, conversei com malta amiga com quem não me cruzava há algum tempo, falei imenso com outros atletas. Assim que me despedia de alguém tinha logo outra cara conhecida a chamar-me ou a cruzar-se comigo. E percebo pelas fotos que já vi que ainda houve muitos outros que não encontrei, mas que também estavam por lá a correr. Ficará para uma próxima oportunidade.

Agora para terminar o ano resta uma prova do troféu das localidades, a primeira onde vou marcar presença nesta nova época. Tive que ir ali ao Excel ver que é na Cruz Quebrada, porque nem tinha ainda visto muito bem onde era. Vou passar a semana a dizer que estas provas são só para o convívio - o que é verdade - mas quando lá chegar vou cerrar os dentes e dar o meu máximo naqueles percursos sempre muito sinuosos.

Prova nº 72 - Grande Prémio de Natal 2017 - 10km - 00:48:53

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Há vida para além das corridas

Depois de dias e dias de ouvir falar no anúncio do concerto dos Pearl Jam no Nos Alive e de me tentar esquivar a ter que ir, afinal lá me convenceram e mudei de ideias...


Agora vou ter que olhar para o calendário e perceber que provas vou ter que cortar do orçamento.

Que mau timing, tendo em conta que ainda ontem também reservei quarto em Peso da Régua para o último fim de semana de Maio, if you know what I mean...!