terça-feira, 28 de agosto de 2018

Tagarro 2018

Voltei a Tagarro e abri a época 2018/2019. Ou, visto por outro prisma, abri o semestre das provas longas. E comecei logo com... uma prova de 10km! Grande maluco!

Depois de 2016 e 2015, foi a minha terceira ida a esta prova. E já nem vale a pena falar do ambiente da prova, da festa no final, das ofertas da inscrição, etc e tal. Basta ler o post do ano passado - ou qualquer outra pessoa que fale sobre a prova - para se ver o espanto que é o conteúdo do saco da prova e a alegria na localidade em torno da prova. Quando somos bem acolhidos a vontade de voltar aumenta e, assim sendo, se a prova se mantiver no calendário em 2019 lá estarei.

Parti sem qualquer ambição de tempo. Cheguei ao fim da prova sem me lembrar dos tempos lá feitos anteriormente, portanto nem sabia se tinha feito melhor ou pior. E não estava preocupado. Tal como em 2016 esta prova marca o regresso depois das férias e a partir daqui o foco é novamente nas provas longas, com o objectivo maior de tentar completar o tri na Maratona do Porto, sem esquecer a Meia Maratona dos Descobrimentos que me toca ao coração e onde quero chegar em boa forma. Veremos se há pernas até lá.

Ora, como não tinha objectivo de tempo para sábado acabei por arrancar a um ritmo confortável e claramente acima do que seria o meu melhor na distância. No início da prova, por dentro das ruas da aldeia estava mais preocupado em olhar para o público, receber o apoio que vinha de fora e, acima de tudo, divertir-me no que estava a fazer. Mesmo assim, vi depois que estava a correr na casa dos 5:10m/km, embora a sensação fosse que ia bem mais devagar. 

Foi, curiosamente, ao chegar à longa recta na zona da estrada nacional, na parte mais plana do trajecto, que acabei mesmo por abrandar o ritmo. 5:20, 5:30 e na subida que leva à primeira passagem pela meta 5:40. Percebi que estava na ronha quando deixei de ver colegas que têm um ritmo semelhante ao meu e depois quando fui ultrapassado por uma outra atleta minha amiga que eu sei que tem um ritmo habitual mais lento que eu. Continuava sem estar preocupado, mas começava a achar que a manter-me assim nem sequer ia conseguir acabar a prova a tempo de ver a segunda parte do derby que estava prestes a começar.

Depois veio o processo inverso. Entre os 6 e os 7 quilómetros voltei a acelerar e nessa altura tirei do bolso o gel que levava para experimentar e que tinha planeado tomar a meio da prova. Mais uma vez, não para me dar um rendimento por aí além, mas para testar em termos de sabor, eventuais efeitos secundários, etc. É da Prozis, já agora, e acabei resolver mesmo mudar de marca, agora que acabaram os da MyProtein que andava a usar antes.



Terá sido o gel a fazer efeito? De forma real ou apenas psicológica? Terei sido eu a cansar-me de andar àquele ritmo? Terá sido uma outra questão qualquer de "brio"? O que quer que tenha sido, resultou. Acelerei a partir dessa altura e, mais importante, senti-me bem. O meu quilómetro mais rápido foi o 9º. Num ápice "fui buscar" a minha amiga e acabei por ultrapassá-la entre os 8 e os 9 quilómetros e fiquei a poucos segundos da tal malta que tem um ritmo semelhante ao meu e que eu tinha perdido de vista há alguns quilómetros atrás. Deu para perceber que podia ter dado mais e acabei claramente com muita energia ainda no tanque. Podia ter feito melhor, mas não era importante. Pensando agora, se tivesse ido mais rápido a meio da prova, até tinha dado para ter acompanhado e até tentado puxar um pouco por um dos elementos da equipa. Paciência.

No final, depois de todos terem passado a meta em grande estilo e com um sorriso na cara, veio a festa que valeu por cada segundo. Excepto a meia hora de stress que tive a tentar acompanhar o final do jogo, pronto. Desculpem-me o vício...! Mas com futebol ou sem futebol, houve pódios e medalhas para tentar aplaudir, que isto de bater palmas ao mesmo tempo que se conforta o estômago com umas valentes sandes de porco no espeto e vinhaça da boa não é fácil. Esta segunda parte da prova não é para meninos, atenção!

E depois do jogo ainda houve mais animação, mais amigos a cruzaram-se no meio das tasquinhas. Houve Licor Beirão para aquecer porque o sol já tinha desaparecido há muito e o vento que estava durante a tarde manteve-se à noite. Houve prémios cómicos nas rifas - porque uma pessoa já sabe que lhe vai sempre sair uma prémio meio inútil mas diverte-se sempre a desenrolar os papelinhos e sabe que aqueles poucos euros que gasta vão ajudar. No final houve, acima de tudo, a promessa de voltar e de fazer novamente a festa no meio da festa. Porque isto da corrida é muito mais do que apenas correr.

Próxima paragem: Meia Maratona das Lampas!

Prova nº 90 - 10km de Tagarro 2018 - 10km - 00:53:21

domingo, 26 de agosto de 2018

Férias - parte 2

Por várias razões, uma das quais é a minha aparente falta de tempo para escrever, esta segunda parte das férias vai ter mais fotos que texto. Outra forte razão é o facto de terem sido dias passados em zonas lindíssimas portanto vou tentar que as imagens falem por si.

Depois de uma visita ao mercado semanal de Cabaços o destino foi a praia fluvial do Agroal na nascente do Rio Nabão. Um local muito bem tratado, com óptimas condições para se passar um belo dia ou até umas poucas horas, já que foi constante a entrada e saída de pessoas durante todo o dia. Tem uma piscina bastante grande e foi, sem exagero, o sítio mais gelado onde alguma vez tomei banho e mergulhei. Mas valeu tanto a pena e depois de se estar ambientado à temperatura da água já não se quer sair. Durante a pausa para digestão ainda deu para explorar um pouco os arredores e fazer um mini-trailzinho em chinelos de praia. Vale muito a pena voltar!

Adoro malta que estaciona assim...!








Já agradeci vivamente na publicação anterior a dica das Fragas de São Simão. Foi dos sítios mais bonitos que já visitei e mereceu rasgados elogios. Como na generalidade destes locais, durante o percurso parece que não vamos dar a lado nenhum e que estamos algo perdidos no fim do mundo, mas ao chegar a beleza do lugar fala por si. A única questão é que não achei ser dos melhores locais para se tomar grandes banhos mas isso também é sinal de que o local está no seu estado mais puro sem interferência humana. E prefiro assim. Um pouco mais de juízo na cabeça teria permitido planear as coisas ainda melhor e levar ténis na mala do carro para desfrutar de mais alguns dos caminhos pedestres assinalados. Era preciso abrir o apetite para o almoço e com jeitinho até dava para ir a pé até ao restaurante Varanda do Casal, já no Casal de São Simão que faz parte das nossas lindíssimas Aldeias de Xisto. Foi aqui que há dias se fez uma reportagem quando se falava das férias do senhor presidente Marcelo. Aqui ficam mais algumas fotos. Nenhuma é da comida para não ficarem a salivar. O pão caseiro feito na hora chega quentinho à mesa e a partir daí toda a restante refeição é um festim para olhos e estômago.







Um casal numa rua


A vista dentro do restaurante. Televisão para quê?

  

Mas há mais! Logo ali ao lado está a Aldeia de Ana de Aviz que também tem uma praia fluvial simpática e de excelente qualidade. E mais uma que tem uma biblioteca no espaço da praia, um serviço da responsabilidade das bibliotecas municipais de Figueiró dos Vinhos. Não digo mais, deixo as fotos falarem por mim.





E para terminar em beleza, o dia de regresso foi passado em Tomar com a visita obrigatória ao Convento de Cristo. Na noite anterior fiz questão de ler um pouco mais sobre a história do Convento e dos Templários para ir melhor preparado para a visita. Confesso que História nunca foi o meu forte, portanto muita coisa ia passar-me ao lado se não tivesse feito os trabalhos de casa. 

Muito do que li apontava para um local de referência para todos apaixonados por História e as expectativas não saíram defraudadas. Tanta História, tantas histórias, tantos recantos arquitectónicos únicos. Valeu cada cêntimo do bilhete e cada segundo passado lá dentro. E foram quase duas horas sem sinais de cansaço e com os níveis de interesse sempre no máximo. Fiquei verdadeiramente contente pela escolha acertada. Só faltou mais tempo para visitar devidamente o resto da cidade, mas gosto quando isso acontece porque abre as portas para uma nova visita e para uma estadia mais prolongada.















Ah, isto não é Tomar...!

É a barragem de Castelo de Bode!
A barragem foi a última paragem antes de rumar a casa. E o caminho foi feito de forma "saloia" com o Tejo por perto e... sem auto-estrada: Entroncamento, Golegã, Chamusca, Alpiarça, Almeirim, Muge, Salvaterra, etc, etc, etc.

Fim de festa, fim de férias, mas com uma sensação de dever cumprido ao ponto de se chegar àquela fase em que não se sabe que dia da semana é. Perfeito. Dá para repetir já para a semana?

domingo, 19 de agosto de 2018

Férias - parte 1

Este ano houve um corte radical com o sul do país e as férias não incluíram uma ida ao Algarve. Não foi por influência do sr. Presidente da República, mas já era uma ideia que já andava no ar. No ano passado entre uma semana em Portimão e outra em Marvão, a segunda ganhou aos pontos. Ou até por KO. Curiosamente, dias depois do regresso a casa passou uma reportagem na RTP sobre umas das praias fluviais mais deslumbrantes que fizeram parte do cardápio este ano: as Fragas de São Simão (obrigado Inês pela dica!) acompanhada por uma ida ao restaurante local. Falarei disso mais à frente.

O local escolhido foi Ferreira do Zêzere e a palavra de ordem era mesmo: praias fluviais! (Sim, eu sei que são duas palavras, obrigado malta!) O local já é conhecido, é tranquilo, até tem umas zonas porreiras para correr e quando não fosse dia de ir à aventura era dia de piscina. Ora, falando em correr, nunca o fiz... mas o equipamento que levei foi usado na mesma porque dia sim dia não foi dia de ir jogar à bola. A técnica continua igual ao que era antes: nula. Mas pelo menos o pé esquerdo continua a ter pontaria.

Então a primeira foto que meto tem logo um copo cheio? Com aguardente caseira de pêra?

Confesso que a esta distância já tive que ir ver à galeria de fotos para ter noção da ordem cronológica das zonas visitadas. Não é que isso seja relevante para o texto, mas há que manter uma certa ordem. A praia fluvial do Lago Azul (também conhecida como Castanheira) foi a primeira. Com uma estrutura flutuante onde estão duas piscinas - uma para crianças e outra para mais graúdos - permite que quem não se queira aventurar no rio possa tomar banho de forma controlada. Problema naquele dia: estava um tempo tremendamente encoberto e o sol era muito tímido. Ao longe, vê-se uma mini biblioteca de praia feita num barco que está colocado ao alto com os bancos a fazer de estantes. Ideia engraçada. No mesmo dia a pesquisa seguiu para o lado de Vila de Rei. Fernandaires era opção, mas foi colocada de parte e o destino foi a Zaboeira.




Erro crasso ao entrar na vila. Por alguma razão há uma pequena zona de estacionamento antes de se começar a descer... e como segui em frente acabei por ter muitas dificuldades em sair dali porque as ruas são impróprias para andar de carro. Ok, de volta para Ferreira do Zêzere para não causar estragos.

Outro dos destinos era a Praia das Rocas e foi dos melhores dias de férias. A viagem até lá arrepiou e deu um aperto no coração por tudo o que aconteceu no ano passado. Confesso que estava com dificuldades em conduzir e saí do carro até um pouco zonzo. Depois passou. A Praia das Rocas é um espaço enorme e com óptimas condições para se passar um excelente dia. Não achei os preços excessivamente elevados e o bar que serve almoços era bastante em conta tendo em conta o que se costuma encontrar em locais do género. Naturalmente que a piscina das ondas foi a zona que causou mais sucesso. A repetir, caso no próximo ano as férias sejam nas proximidades.

A piscina grande

Sem comentários. Ah, isto é um comentário? Então vou apagar.

Olha estes... Não sei o que é pior, a péssima sugestão ou o mau inglês da tradução!

Coleccionador de pulseiras, em modo adolescente
Não é uma novidade, mas ir a Ferreira do Zêzere "obriga" a uma visita a Dornes. Para quem lá vai con regularidade, não há nada de novo para ver, é certo. Mesmo assim o passeio de barco mostrou uma zona bem mais verde que na última visita. 




E sem se dar muito por isso, uma semana de férias já estava feita. Na segunda parte deste resumo temos: Praia Fluvial do Agroal, Fragas de São Simão, Praia Fluvial da Aldeia de Ana de Aviz e Convento de Cristo em Tomar. Não percam o próximo episódio!

Alive 2018

Era suposto não ir. Ou ir meio arrastado à pala de Pearl Jam. Depois apareceram ali os Franz Ferdinand, também no dia 14, e os meus olhos brilharam. Só que aconteceu um daqueles golpes de marketing com a organização a anunciar que os bilhetes diários estavam esgotados e acabei por ficar com um passe para os três dias na mão e um rombo inesperado no cartão de crédito. A coisa está bem feita, está, e a malta cai que nem patinhos. Continuando.

Já não ia a um festival com passe para todos os dias desde os idosos tempos de 2006. Na altura bisei o Super Bock depois de lá ter estado em 2004. Belas memórias desde ouvir a Nelly Furtado cantar o hino do Euro 2004 até àquele concerto que durou e durou até às 3 da manhã com a banda sempre a bombar. Eram os Franz Ferdinand. Nessa madrugada entrei em casa às 4 e tal da manhã para encontrar um morcego na sala. True story. E às 8:00 já tinha estacionado no parque da empresa e estava à secretária prontinho a trabalhar. True story again!

A logística de ida resolveu-se com os autocarros do Alegro Alfragide até ao recinto. Foi porreiro e correu sempre bem. À entrada tirava-se a foto do pórtico e nos espelhos e era hora de curtir o ambiente e os concertos. Como todo o bom português, a malta gosta de coisas de borla, portanto havia filas quase intermináveis em tudo o que era ofertas dos patrocinadores. Ainda deu para ir buscar umas coisas durante os três dias. E a malta também gosta de comer e beber, mas aí as filas eram sempre rápidas. O aglomerado de copos no chão à medida que as noites avançavam é que se dispensava.

O pórtico mais partilhado nas redes sociais nestes três dias

Foi simpático o palco principal abrir em português com o Miguel Araújo, em claro contraste com a página de Facebook do evento cujas publicações recentes eram sempre em inglês. E muitos eram os ingleses presentes, mais até que os espanhóis. Ou então é defeito profissional e eu fico logo a pensar quantos daqueles são clientes da empresa onde trabalho. 

Miguel Araújo

Jain

No primeiro dia a minha principal preocupação era ver Snow Patrol e apesar de ter gostado soube-me a pouco. Tocaram certinhos, mas não se destacaram. Fico com a clara sensação que não funcionam em festival, o que aumentou a vontade de os rever em nome próprio quando cá voltarem em Fevereiro do próximo ano. Antes deles, e durante a hora de jantar, um som no palco Sagres entrou pelos ouvidos e não voltou a sair: Jain! Já aqui deixei um breve destaque e deixo o convite a que ouçam. É claro que os nomes grandes do primeiro dia eram os Arctic Monkeys mas faziam parte daquele conjunto de bandas que havia curiosidade em ver ao vivo apesar de não se conhecer muito bem a discografia, a mesma categoria onde estavam inseridos os Queens of the Stone Age e os The National no segundo dia. 

Snow Patrol
Aliás, o segundo dia era daqueles em que se fosse possível "alugava" a pulseira por um valor simbólico para depois a reaver para o dia final. A sério, havia bons nomes no cartaz mas nenhum nome forte o suficiente dentro do que costumo ouvir. Mesmo assim deu para picar o ponto nos The National e matar a tal curiosidade. Foi agradável. As fotos do segundo dia são maioritariamente de palhaçada e de copos. É melhor nem meter aqui. Continuemos! Houve na mesma muita música, com passagens pelo Palco Coreto e pelo Palco Sagres onde os Eels foram boa companhia musical durante o jantar. E saltou a gargalhada geral quando o vocalista viu toda a gente a agarrar nos telemóveis e incentivou a plateia a fazê-lo dizendo, em traços gerais, que era boa ideia porque ele está a ficar velho e havia uma forte possibilidade de cair para o lado em palco portanto isso era um momento que toda a gente iria querer registar!

E num ápice chegávamos ao dia mais esperado. E num ápice também mudou completamente o "cenário". O recinto estava a abarrotar de gente desde muito cedo e a malta presente tinha uma faixa etária ligeiramente mais alta. As filas triplicaram de tamanho em todo o lado. Ir ao WC foi das experiências mais caóticas da minha vida, num claro sinal que os homens bebem mais cerveja que as mulheres. Mesmo que os preços sejam exorbitantes lá dentro, mas isso já se sabe que é sempre assim. Pessoalmente até só bebi uma cerveja nestes três dias. Juro! Andei mais virado para a cidra.



O plano era simples: ir buscar algo para beber e abancar no mesmo sítio o dia todo. Foi prova mais ou menos bem sucedida. Pelas 18:00 na altura em que Alice in Chains estavam a começar tentei encontrar-me com um casal amigo que estava do outro lado do palco. Cruzei-me com outro casal conhecido pelo caminho, depois os meus olhos bateram numa mochila verdinha da Maratona do Porto e ao lado dela estava o Perneta, com quem ainda estive uns minutos à conversa. E depois de várias trocas de mensagens só encontrei este casal 7 horas depois, no fim de Pearl Jam e antes da longa espera para MGMT. Pelo meio ela dizia-me que do alto do seu metro e meio (true story) até agradecia ao pessoal que estava de telemóvel em riste porque era a única maneira que tinha de ver o palco. Fora isso, não há nenhuma outra razão para essa praga que são os écrans de telemóvel à frente do palco. Também sou culpado disso, atenção, mas em doses curtas e tentando não chatear quem me rodeia. Eventualmente a moda há-de passar porque, tal como perguntava alguém nas redes sociais, quantas vezes é que depois vamos rever aqueles 50 segundos de uma filmagem a tremer com um som de má qualidade? Pois.

Para fechar o capítulo das irritações, então e aquele gajo que durante Franz Ferdinand estava permanentemente a falar com o grupo de amigos que estavam a ver o concerto ao lado dele? E notem que não estamos a falar de malta que estivesse no fundo do recinto. Passei meia música a olhar fixamente para ele até o ouvir dizer aos amigos que ia dar uma volta e já voltava. Pareceu-me que até eles agradeceram! 

Franz Ferdinand
Franz Ferdinand deram um espetáculo brutal. Que saudades que tinha disto! Agarraram o público desde os primeiros acordes e foi sempre a rasgar até ao fim. Valeu muito a pena forçar a ida para uma zona próxima do palco. Pulei, saltei, dancei no meu estilo trapalhão, cantei a plenos pulmões e queimei mais calorias que em muitos treinos, suponho. O This Fire no final foi uma coisa épica e podiam ter continuado em loop! Não querem cá voltar também em nome próprio? Por mim a noite estava feita, mas era preciso esperar pelos tais senhores de Seattle, não sem antes acompanhar à distância o Jack White que terminou com o Seven Nation Army entoado pela maioria das 55 mil pessoas ao bom estilo de um estádio de futebol.

Não é uma camisola dos Queens of the Stone Age, ok?
De repente, toca de ir novamente lá mais para a frente porque parece que era pecado ter visto os pelos do nariz do Alex Kapranos e apenas ver o Eddie Vedder pelo ecrã gigante ao lado do palco. Certo. E foi um concerto fabuloso que valeu muito a pena, até para quem não é fã como eu. Cantei as músicas que conheço, respirei tranquilamente nas outras. Deu para tudo, dueto final com o Jack White, mensagens de esperança num mundo melhor, discursos de teor político, garrafinha de vinho em palco e uma actuação épica e sem cair naquilo que seria o básico de chegar e debitar todos os clássicos. Houve covers: Imagine, Comfortably Numb, Rocking in the Free World e de entre as músicas mais emblemáticas houve emoção no Black e no hino do festival, o Alive.

Depois disto deu só para ouvir uma música de MGMT e ir escutando as seguintes a caminho do autocarro. Já vi o concerto depois na RTP online e sinceramente fiquei algo desiludido. Ou pelo horário tardio, ou por ser absurdo meter alguém naquele palco depois de Pearl Jam ou simplesmente por ter achado que não é tipo de música que funcione em festival num palco principal. Se calhar quem ficou a assistir pode ter tido outra opinião.

Afinal foram duas cervejas! Esta foi no fim da festa!

Se calhar por causa disso é que a foto ficou estupidamente desfocada.

 E assim acontece. Próximo concerto no horizonte: Imagine Dragons em Setembro.