... incluíndo partes do corpo que eu ainda não tinha descoberto que existiam!
Depois daquelas duas semanas e meia de abstinência, estou a voltar aos treinos sem dó nem piedade.
Hoje foi assim:
Desde 4a feira que fiz 5 treinos em 7 dias (contando a prova de Tagarro como "treino") com um total de 56,6kms e um acumulado de 5 horas e 40 minutos. Tenho que ver com calma se isto está de acordo com o plano de treinos da Maratona.
Seja como for, o próximo treino é 5a feira e vai ser calminho.
De acordo com o percurso fornecido na página da prova, aqui fica o gráfico de altimetria. Parece um bom desafio para meter kms e resistência nas pernas. Começo a perceber porque lhe chamam a Meia das Rampas. Vamos lá a isso!
Depois do sucesso da edição de 2015, voltei com o pessoal à vila de Tagarro para participar na sua prova de 10km. Prova muito bem organizada e com aquele que o presidente da organização considera - com grande justiça - o saco de ofertas mais completo do calendário nacional: t-shirt técnica com o logótipo dos 10 Km e um saco com garrafa de vinho, caneca em barro, lata de atum e bolos tradicionais da região. Para além disso, cada dorsal dá direito no final da prova a uma sandes de porco no espeto e a um (ou vários) copos de vinho servidos na caneca é oferecida. Tudo isto por 8€. Digam lá se encontram tantas ofertas nas provas mais tradicionais de Lisboa? São 10€ e um saco com a t-shirt da prova e umas amostras.
A eficiência da organização começa na frequente divulgação de informação via e-mail. Se por vezes pode parecer repetitiva, a questão é que todas as respostas a eventuais perguntas estão respondidas nas diversas comunicações. Este modo de operar não me é estranho visto que se trata da mesma equipa organizadora da prova de Alverca, pelo que nos últimos dois anos fiz 4 provas desde grupo organizador e gostei bastante da frequente interacção com os participantes.
Da nossa parte estava tudo bem organizado, ponto de encontro e boleias combinadas, algumas pessoas a irem ter directamente a Tagarro. Os problemas começaram com um acidente na A1 antes de Aveiras que nos atrasou uns bons 30 minutos e que causou ainda mais problemas a quem ia chegar perto da hora da partida. Tudo se resolveu, com maior ou menos dificuldade.
Ao chegar a Tagarro tínhamos imediatamente staff a coordenar o estacionamento e a orientar-nos até à entrega dos dorsais. Ao chegar ao local foi muito fácil e tudo estava separado à nossa espera. Perfeito.
Dorsais e chips colocados, algumas fotos de última hora, confirmar onde estavam os colegas que ainda não tinham chegado e quando menos demos por isso estávamos a partir.
O percurso é circular e damos duas voltas quase iguais, com uma primeira passagem junto à meta para depois iniciar a segunda volta. Os primeiros kms são por dentro da vila num carrossel de curvas e contra-curvas em zonas mais estreitas e, pior que isso, num ligeiro sobe e desce que mói por ser constante. Antes dos 3kms estamos na EN366 onde temos uma recta mais longa para poder rolar ao melhor ritmo possível. Foi exactamente nessa zona que percebi que, apesar de um arranque vivo ia ter dificuldades em aguentar a minha própria pedalada pelo que decidi moderar o meu esforço e alterar o objectivo inicial de tentar voltar a fazer abaixo dos 50:00 e passei a ter em mente fazer menos que no ano passado e divertir-me pelo caminho. Duas semanas e meia sem treinar fazem mossa e não foram os dois treinos recentes que me devolveram a forma ideal. Sem stress!
À medida que me ia cruzando com outros colegas percebi que não estava muito distante deles mas que quem tinha o mesmo objectivo inicial que eu também não o ia conseguir atingir.
A partir daqui foi gerir o andamento, posar para as fotografias (aguardo com curiosidade ver algumas), ir trocando uma ou outra palavra com outros atletas para dar força e ir puxando pelo público sempre que possível sobretudo nas zonas onde havia mais espectadores dentro da povoação, pedindo palmas e para fazerem barulho para apoiar os atletas. Fui sempre bem correspondido. Já na recta da meta (uns 600 metros sempre a subir) pedi apoio a quem estava de fora e alguém me ofereceu a bicicleta para acabar a prova. Respondi que não podia ser, não sei andar de bicicleta portanto tinha que terminar a correr. Assim foi, sempre com um ar triunfante independentemente do resultado. No fim de contas, acabar sempre o primeiro objectivo.
Seguiu-se o apoio a quem ainda terminava a prova e uma ida ao fundo da recta da meta buscar colegas que chegavam com mais dificuldade. A camaradagem de sempre, porque se não for assim não faz sentido. E depois de uma rápida mudança de roupa (também havia banhos para quem quisesse ficar na festa até mais tarde) vieram os comes e bebes a que tínhamos direito e a confraternização final antes do regresso a casa. Pelo meio uma conversa com o mesmo atleta, agora com 74 anos, com quem troquei umas palavras no ano anterior e votos de boas provas e saúde que é o mais importante para continuar a desfrutar destes momentos. O meu pai fez 75 anos na semana passada e tomara que tivesse 10% da saúde física e da força mental deste atleta.
Para o ano há mais. Esta prova está nas provas obrigatórias do calendário anual e espero que se continue a repetir por muitos e bons anos.
Por falar em calendário, salvo alguma surpresa em contrário, esta foi a última prova de 10km que fiz em 2016. Agora seguem-se sempre provas mais longas, a próxima das quais será a Meia Maratona de São João das Lampas dia 10 de Setembro - só preciso de acertar umas arestas para confirmar a inscrição. A partir de agora foco total nos treinos para a Maratona do Porto: faltam 70 dias!
And said drink from me, drink from me
(Oh-ah-oh-ah)
That we shoot across the sky
Symphony
That we shoot across the sky
Pour on a...
Drink from me, drink from me
(Oh-ah-oh-ah)
That we shoot across the sky
Symphony
(So high, so high)
That we shoot across the sky
Oh, angel sent from up above
You know you make my world light up
When I was down, when I was hurt
You came to lift me up
Life is a drink and love's a drug
Oh now I think I must be miles up
When I was a river dried up
You came to rain a flood
And said drink from me, drink from me
When I was so thirsty
Pour on a symphony
Now I just can't get enough
Put your wings on me, wings on me
When I was so heavy
Soaring on symphony
When I'm low, low, low, low
I-Oh-I-Oh
Got me feeling drunk and high
So high, so high
Oh-I-Oh-I-Oh
Now I’m feeling drunk and high
So high, so high
(Woo)
(Woo-ooo-ooo-woo)
Oh, angel sent from up above
I feel it coursing through my blood
Life is a drink and your love's about
To make the stars come out
Put your wings on me, wings on me
When I was so heavy
Soaring on symphony
When I'm low, low, low, low
I-Oh-I-Oh
Got me feeling drunk and high
So high, so high
Oh-I-Oh-I-Oh
I’m feeling drunk and high
So high, so high
I-Oh-I-Oh
La, la, la, la, la, la, la
So high, so high
I-Oh-I-Oh
I'm feeling drunk and high
So high, so high
That we shoot across the sky
That we shoot across the...
[x5]
O número de pessoas presentes no treino de hoje.
Como sempre, ninguém ficou para trás, ninguém ficou sozinho, ninguém sentiu que estava a estorvar e/ou a prejudicar o treino de outra pessoa. Foram 8km para os "prós", uns 6,5km para os mais iniciantes.
Deu para esticar um pouco, deu para fazer piscinas e vir buscar a malta mais lenta. Deu para conversar e para rir. Deu para começarmos e acabarmos todos ao mesmo tempo, independentemente da distância percorrida. É essa a essência do grupo. Sempre foi.
Deu para tudo e passou tão depressa que ao mesmo tempo parece que não deu para nada. Foi um treino que passou a correr. (Eu não me ia sentir bem se não tivesse publicado este post sem fazer esta piada.)
No fundo, deu para aquilo que queremos em cada treino: que todos se sintam felizes e com vontade de voltar no próximo.
Vinte e três. Num fim de tarde de Agosto. Obrigado!
Gosto de fotografia, mas mais de ver do que fazer. É daqueles hobbies para os quais gostava de ter mais jeito. Para o meu calendário desde há uns anos para cá passou a ser obrigatório ver a World Press Photo no Museu da Electricidade.
Mesmo tendo pouco jeito para a coisa, aqui ficam duas das fotos para as quais mais gosto de olhar quando preciso de relaxar. Só uma é da minha autoria, na outra estava lá a capturar o momento com os meus olhos apenas. O facto de serem ambas na praia não é, certamente, coincidência.
Por questões do foro pessoal, vou a caminho da minha segunda semana sem treinar. Valores mais altos se levantam e eu sei que isto é só uma fase necessária e essencial. Resta-me manter a sanidade mental para conseguir cumprir a minha parte e ajudar naquilo que é preciso. O problema é que isto se torna num ciclo vicioso e sem correr não consigo estar 100% bem. Aguenta rapaz!
Não tem nada a ver com esta fase, mas cancelei ontem a inscrição numa prova em Setembro para a qual estava inscrito desde Maio. Agora resta-me esperar que a minha equipa - que ainda não sabe de nada - perceba as razões que me levaram a tomar esta decisão. Aguenta rapaz!
... enquanto estou por ali nos cuidados intensivos, cairam-me no colo dois convites: um dorsal para ir à Meia Maratona de São João das Lampas e... e... bem, vamos ver no que dá o outro e eu depois dou notícias.
É certo que as prestações nacionais nos Jogos Olímpicos são sempre discretas - e nem quero entrar pelos poucos apoios, pela falta de condições nas modalidades menos mediáticas, etc. A verdade é que para a generalidade dos adeptos de sofá grande parte dos desportos só existe de 4 em 4 anos quando há Jogos Olímpicos e para muitos dos atletas presentes na competição já terem chegado ao Brasil - e sobreviver enquanto estão por lá, já agora - é uma medalha. Por vezes ficar no top 15 ou top 20 já é um feito fantástico. Ainda há poucas semanas, numa reportagem do Linha da Frente da RTP o próprio Nélson Évora dizia ter ganho mais dinheiro por participar em campanhas publicitárias no período em que esteve parado por lesão do que teria ganho se estivesse a competir.
Perante isto ganhar efectivamente uma medalha é motivo de grande orgulho e se há alguém que ao longo dos anos mostrou capacidade para o fazer foi a Telma. Infelizmente teve sempre resultados decepcionantes em Jogos Olímpicos e era alvo de bastantes críticas, mas ontem teve o seu momento de glória! Fantástica a vitória no combate que dava acesso ao combate para a medalha de bronze e um óptimo desempenho para ganhar à atleta romena. A raça e o querer estavam bem espelhados na cara da Telma, a maneira como festejou gritando "Eu vim para ficar!". No meio de tantas imagens de raiva em que libertou as suas emoções, fica esta em que está com um tremendo ar de felicidade.
Estava verdadeiramente ansioso pelo regresso ao trabalho. A sério!
Fim de semana de "spring cleaning" tardio que resultou em sacos e sacos de tralha a irem para o lixo. Como é que é possível o ser humano acumular tanta merda porcaria?
Para além disso, houve uma série de quilos emocionais que também foram para o caixote. É certo que ainda guardei os bilhetes - que nunca foram utilizados - do concerto de Deolinda, mas com essas recordações posso eu bem, estão ultrapassadas e resolvidas.
Aquilo que gostei mesmo, mas mesmo, foi de ter atirado fora aquela prenda de Natal que recebi. Já nem me lembrava que ela existia e ainda estava fechada na embalagem. Foi tão bom. Foi bom sobretudo nem ter hesitado em relação ao que lhe fazer. Ob-la-di, ob-la-da life goes on!
Então e correr, não? Claro que sim! Um treino rápido de 5km antes de ir ter com o resto do grupo para uma corrinhada de 10km. As minhas companheiras estavam meio preguiçosas portanto correu-se um bocado e caminhou-se outro. Foi bom para conversar um pouco também e no meio disto percebi que se pensar um pouco consigo (sem me perder nem enganar no caminho!) arranjar um percurso de 20 e poucos quilómetros para treinar, mais plano que os treinos que tenho feito para dias em que só quero mesmo rolar. Resta saber quantos mais treinos consigo fazer esta semana que promete ser caótica.
Ainda há pouco tempo faltavam 100 dias e agora já só faltam... 92.
E até Novembro vai passar num instante.
Tenho mantido os treinos normais durante a semana já com uns treinos longos pelo meio:
21,7
km em 2:11:40
21,4
km em 2:13:57
Curiosamente até me senti melhor no segundo treino longo apesar de ter feito um ritmo final "pior". É claro que os tempos aqui não interessam muito, o importante é saber gerir os ritmos para uma prova tão longa. E para Novembro não tenho qualquer tempo final em mente (mentiroso!) porque o importante é acabar bem.
Tenho andado a ver vários planos de treino, incluindo o do próprio site da prova mas tenho sido incapaz de seguir um como deve de ser. Talvez consiga a partir do final de Agosto, início de Setembro, mas se não conseguir tenho que continuar assim com dois treinos semanais de 10km e um mais longo sempre que possível.
Confesso que ando numa grande mistura de sensações, com menos vontade de me equipar e sair de casa para treinar (mas passados uns kms a coisa lá se compõe), com menos confiança nas minhas capacidades e com medo - a palavra é mesmo essa - dos 42km. Estava a precisar de férias, mas a pausa, a descompressão total desses dias e os quilos ganhos (metade dos quais já perdidos novamente) deixaram-me assim.
Há que trabalhar essa parte e isso faz-se com kms nas pernas. Amanhã às 8:00 estarei - se não adormecer -a dar início a novo treino. Vamos a isso!
