Fui correr. O primeiro treino de 2020 já está no papo! E, de uma assentada, dupliquei o número de quilómetros que corri em Dezembro!
Quem me acompanha pelo Strava até deve achar que eu vos "desamiguei" ou lá como se diz em linguagem Straviana. Vejamos:
Setembro: um treino de 10km, a Meia das Lampas, os 10km de Tagarro e os 15km do Trail da Ota.
Outubro: um treino de 10km e a Maratona de Lisboa.
Novembro: a caminhada da Alverca Skyrace, um mini treino de 4km* e a Meia de Évora.
Dezembro: um treino de 5km*
*obrigado por me desencaminharem e motivarem a correr!
E hoje lá fui com a malta da equipa para um treino de estrada com uma bonita altimetria que quase me fez andar de marcha-atrás nas subidas. Não treines, não...!
Agora que já abri as hostilidades, isto precisa é de continuação, não é verdade?
Não vivo sem música. Sou gajo para dar responder a perguntas que me façam citando letras de canções, sou gajo para meter um verso algures no meio de uma conversa porque faz todo o sentido na altura. Mais ainda, muitas são as vezes em que perco dez minutos a escolher a playlist que me vai acompanhar a fazer uma qualquer tarefa doméstica (apanhar ou estender roupa, arrumar a loiça na cozinha, o que quer que seja) que depois fica despachada em cinco minutos.
2019 foi um ano muito rico em termos musicais e suspeito que 2020 será igual. Adoro dançar, apesar da minha embaraçosa falta de jeito para o fazer. Em todo o caso, isso nunca me impediu nem nunca me impedirá de bater o pé e abanar o corpo de forma atabalhoada e desengonçada ao ritmo de qualquer melodia que esteja a tocar.
Agora que fiz uma revelação bombástica e vos distraí com umas fotos, segue o texto e pode ser que já se tenham esquecido do que disse. E não, não é qualquer gajo de calções em tronco nú e com meias Adidas que me cai no goto. A tradição ainda é o que era e antes disso é preciso jantar e cinema. Flores não são obrigatórias. Ou então basta apresentar um concerto brutal e eu fico rendido!
Foi em Abril que surgiu este plano para Setembro. A vida tem destas coisas cíclicas muito curiosas...
Neste caso foi uma prenda de anos antecipada (é amanhã, by the way) e depois de um domingo passado a tentar combater uma febre que teimou em não desaparecer, ao ponto de ter ficado em casa na 2a feira, estava com algum receio de não estar em grandes condições. Lá me enchi de coragem para ir trabalhar, até porque tinha coisas para resolver antes de entrar de férias e depois rumei ao concerto, ainda com dores de cabeça já não tanto pela febre, mas sobretudo por ter passado o dia ao computador. Vá, agora é para curtir o concerto sossegadinho e sentado sem grandes maluqueiras. Só que não, passei-o sempre em pé e aos saltos.
Descobri entretanto que havia uma primeira parte a cargo dos The Vaccines. A banda inglesa é um dos nomes que fica sempre bem num palco secundário de um qualquer festival de Verão, mas confesso que na altura não me consegui lembrar de nenhum single, nem quando tocaram umas músicas mais antigas. Agora que escrevo este texto lá fui pesquisar melhor e já me vieram à cabeça dois singles do primeiro álbum. Entraram em palco ao som do Waterloo dos ABBA, estiveram bem e conseguiram dar uma boa injecção (ah, viram o trocadilho? Magnífico!) de energia ao público para aquecer os ânimos antes da banda principal.
Sempre que há uma primeira parte gosto da altura em que dizem algo como "Ah e tal, estamos contentes por estar aqui, obrigado pelo apoio, vamos tocar a última música, curtam o resto da noite porque sabemos que estão ansiosos por ver e ouvir o/os (inserir nome da banda principal)!" Fico sempre à espera de ver alguém ao meu lado a levantar-se e a dizer que não e a ir embora porque só tinha mesmo ido para ver a banda de abertura. Um dia faço eu isso, só para ver a reacção da malta ao meu lado e depois vou-me sentar noutro sítio.
Outra coisa que eu acho curiosa é que há imensa gente medricas nos concertos. Em todos! Estávamos todos à espera do início dos Imagine Dragons ao mesmo tempo que ouvíamos música clássica quando, de repente, se apagaram grande parte das luzes do recinto. O que se ouviu de seguida foi um coro brutal de gritos histéricos! Malta, para quê tanto pânico? Tudo com medo do escuro, a sério? Vá-se lá perceber...! Para lhes dar um conforto maior, a maioria dos presentes optou imediatamente por pegar nos telemóveis e levantá-los no ar para terem alguma luz. O dilema veio a seguir. Os últimos acordes do trecho clássico deram início a uma introdução a fazer lembrar Muse e, após nova escuridão e mais gritos de histeria medo rebentava o Radioactive. Podem ver parte disso aqui:
E agora? Já há luz, já podemos baixar os telemóveis, bater palmas ao som da música e curtir o som? Para muitos ainda ficava esse dilema. Eu, que estou aqui a ironizar com esse flagelo, também estou a ser completamente incoerente porque escrevo ao mesmo tempo que vejo registos do concerto de ontem no YouTube e nas redes sociais. E até já partilhei um neste tópico.
O que ficava bem agora era eu dar uma de super culto e dizer exactamente que trechos clássicos é que foram escutados no intervalo entre os The Vaccines e os Imagine Dragons. Não sei, nem encontro, mas o que é certo é que foi um toque interessante. A partir da primeira música foi um chorrilho de singles e êxitos que nunca deram descanso ao público presente, não sem antes o Dan Reynolds deixar uma mensagem importante: "Hoje deixem tudo lá fora: política, religião, stress, trabalho (...) aqui dentro só existe paz!"
Percebe-se a mensagem, mas o que é certo é que cada música também tem uma mensagem própria muito forte, muito pessoal e há ali letras ou momentos de músicas em que somos confrontados com questões do nosso foro íntimo.
Foi também em modo mais íntimo que tocaram três músicas em formato acústico num mini-palco no meio do recinto com o vocalista a interagir bem de perto com o público, tal como já tinha feito no palco principal. Não vou comentar cada música e cada bocadinho do concerto - deixo isso para as publicações da especialidade. No meio de todas, a que me toca é o Next to Me. (Incrível, ainda não há registos desta ontem no YouTube!)
"Oh, I always let you down You're shattered on the ground But still I find you there Next to me And oh, stupid things I do I'm far from good, it's true But still I find you Next to me (next to me)"
Sim, bota lamechas nisso, mas não faz mal que isto é post para mostrar todo um lado mais sensível e cenas. Só não vale a pena chorar. Para isso temos este pequeno apontamento no meio desta música.
Outra música chamada Demons é, curiosamente, uma das músicas emblemáticas da minha playlist de corrid. Adiante.
A festa prolongou-se por pouco mais de duas horas de concerto. Houve direito a canhões de confetis e a balões gigantes caídos do tecto da Altice Arena.
A malta queria mais, talvez por não ter percebido que as mudanças entre o palco principal e o mini-palco já eram os encores. Ter lido, de forma inadvertida, qual era a setlist também me ajudou a perceber que o final estava próximo. Preferia ter ficado na ignorância que eu gosto que o alinhamento seja surpresa. Neste caso, tem sido exactamente igual em todos os concertos da tour, portanto a todos os italianos, espanhóis ou alemães que me estejam a ler, ficam já a saber que os concertos desta semana vão ser iguais ao de Lisboa, está bem? Isso também significa que o Dan vai continuar a fazer os concertos sem ter o cuidado de vestir uma t-shirt a meio do espectáculo ou sempre que faz uma pausa fora do palco. O rapaz assim transpirado ainda apanha uma corrente de ar e fica constipado...
E agora, se não fosse a Meia Maratona das Lampas, o que eu ia fazer era ir ali ver se ainda havia bilhetes para o concerto de Madrid e qual a melhor forma de lá chegar para assistir ao concerto de sábado.
Era suposto não ir. Ou ir meio arrastado à pala de Pearl
Jam. Depois apareceram ali os Franz Ferdinand, também no dia 14, e os
meus olhos brilharam. Só que aconteceu um daqueles golpes de marketing
com a organização a anunciar que os bilhetes diários estavam esgotados e
acabei por ficar com um passe para os três dias na mão e um rombo
inesperado no cartão de crédito. A coisa está bem feita, está, e a malta
cai que nem patinhos. Continuando.
Já
não ia a um festival com passe para todos os dias desde os idosos
tempos de 2006. Na altura bisei o Super Bock depois de lá ter estado em 2004. Belas
memórias desde ouvir a Nelly Furtado cantar o hino do Euro 2004 até
àquele concerto que durou e durou até às 3 da manhã com a banda sempre a
bombar. Eram os Franz Ferdinand. Nessa madrugada entrei em casa às 4 e
tal da manhã para encontrar um morcego na sala. True story. E às 8:00 já
tinha estacionado no parque da empresa e estava à secretária prontinho a
trabalhar. True story again!
A
logística de ida resolveu-se com os autocarros do Alegro Alfragide até
ao recinto. Foi porreiro e correu sempre bem. À entrada tirava-se a foto
do pórtico e nos espelhos e era hora de curtir o ambiente e os
concertos. Como todo o bom português, a malta gosta de coisas de borla,
portanto havia filas quase intermináveis em tudo o que era ofertas dos
patrocinadores. Ainda deu para ir buscar umas coisas durante os três
dias. E a malta também gosta de comer e beber, mas aí as filas eram
sempre rápidas. O aglomerado de copos no chão à medida que as noites
avançavam é que se dispensava.
O pórtico mais partilhado nas redes sociais nestes três dias
Foi
simpático o palco principal abrir em português com o Miguel Araújo, em
claro contraste com a página de Facebook do evento cujas publicações
recentes eram sempre em inglês. E muitos eram os ingleses presentes,
mais até que os espanhóis. Ou então é defeito profissional e eu fico
logo a pensar quantos daqueles são clientes da empresa onde trabalho.
Miguel Araújo
Jain
No
primeiro dia a minha principal preocupação era ver Snow Patrol e apesar
de ter gostado soube-me a pouco. Tocaram certinhos, mas não se
destacaram. Fico com a clara sensação que não funcionam em festival, o
que aumentou a vontade de os rever em nome próprio quando cá voltarem em
Fevereiro do próximo ano. Antes deles, e durante a hora de jantar, um
som no palco Sagres entrou pelos ouvidos e não voltou a sair: Jain! Já
aqui deixei um breve destaque e deixo o convite a que ouçam. É claro que
os nomes grandes do primeiro dia eram os Arctic Monkeys mas faziam parte
daquele conjunto de bandas que havia curiosidade em ver ao vivo apesar
de não se conhecer muito bem a discografia, a mesma categoria onde
estavam inseridos os Queens of the Stone Age e os The National no segundo dia.
Snow Patrol
Aliás,
o segundo dia era daqueles em que se fosse possível "alugava" a
pulseira por um valor simbólico para depois a reaver para o dia final. A
sério, havia bons nomes no cartaz mas nenhum nome forte o suficiente
dentro do que costumo ouvir. Mesmo assim deu para picar o ponto nos The National e matar a tal curiosidade. Foi agradável. As fotos do segundo dia são maioritariamente de palhaçada e de copos. É melhor nem meter aqui. Continuemos! Houve na mesma muita música, com passagens pelo Palco Coreto e pelo Palco Sagres onde os Eels foram boa companhia musical durante o jantar. E saltou a gargalhada geral quando o vocalista viu toda a gente a agarrar nos telemóveis e incentivou a plateia a fazê-lo dizendo, em traços gerais, que era boa ideia porque ele está a ficar velho e havia uma forte possibilidade de cair para o lado em palco portanto isso era um momento que toda a gente iria querer registar!
E
num ápice chegávamos ao dia mais esperado. E num ápice também mudou
completamente o "cenário". O recinto estava a abarrotar de gente desde
muito cedo e a malta presente tinha uma faixa etária ligeiramente mais
alta. As filas triplicaram de tamanho em todo o lado. Ir ao WC foi das
experiências mais caóticas da minha vida, num claro sinal que os homens
bebem mais cerveja que as mulheres. Mesmo que os preços sejam
exorbitantes lá dentro, mas isso já se sabe que é sempre assim.
Pessoalmente até só bebi uma cerveja nestes três dias. Juro! Andei mais
virado para a cidra.
O
plano era simples: ir buscar algo para beber e abancar no mesmo sítio o
dia todo. Foi prova mais ou menos bem sucedida. Pelas 18:00 na altura em
que Alice in Chains estavam a começar tentei encontrar-me com um casal
amigo que estava do outro lado do palco. Cruzei-me com outro casal
conhecido pelo caminho, depois os meus olhos bateram numa mochila
verdinha da Maratona do Porto e ao lado dela estava o Perneta, com quem ainda estive uns minutos à conversa. E depois
de várias trocas de mensagens só encontrei este casal 7 horas depois, no
fim de Pearl Jam e antes da longa espera para MGMT. Pelo meio ela
dizia-me que do alto do seu metro e meio (true story) até agradecia ao
pessoal que estava de telemóvel em riste porque era a única maneira que
tinha de ver o palco. Fora isso, não há nenhuma outra razão para essa
praga que são os écrans de telemóvel à frente do palco. Também sou
culpado disso, atenção, mas em doses curtas e tentando não chatear quem
me rodeia. Eventualmente a moda há-de passar porque, tal como perguntava
alguém nas redes sociais, quantas vezes é que depois vamos rever
aqueles 50 segundos de uma filmagem a tremer com um som de má qualidade?
Pois.
Para fechar o
capítulo das irritações, então e aquele gajo que durante Franz Ferdinand
estava permanentemente a falar com o grupo de amigos que estavam a ver o
concerto ao lado dele? E notem que não estamos a falar de malta que
estivesse no fundo do recinto. Passei meia música a olhar fixamente para
ele até o ouvir dizer aos amigos que ia dar uma volta e já voltava.
Pareceu-me que até eles agradeceram!
Franz Ferdinand
Franz
Ferdinand deram um espetáculo brutal. Que saudades que tinha disto!
Agarraram o público desde os primeiros acordes e foi sempre a rasgar até
ao fim. Valeu muito a pena forçar a ida para uma zona próxima do palco.
Pulei, saltei, dancei no meu estilo trapalhão, cantei a plenos pulmões e
queimei mais calorias que em muitos treinos, suponho. O This Fire no final foi uma coisa épica e podiam ter continuado em loop! Não querem cá
voltar também em nome próprio? Por mim a noite estava feita, mas era
preciso esperar pelos tais senhores de Seattle, não sem antes acompanhar
à distância o Jack White que terminou com o Seven Nation Army entoado
pela maioria das 55 mil pessoas ao bom estilo de um estádio de futebol.
Não é uma camisola dos Queens of the Stone Age, ok?
De repente, toca de ir novamente lá mais para a frente porque parece que era pecado ter visto os pelos do nariz do Alex Kapranos e apenas ver o Eddie Vedder pelo ecrã gigante ao lado do palco. Certo. E foi um concerto fabuloso que valeu muito a pena, até para quem não é fã como eu. Cantei as músicas que conheço, respirei tranquilamente nas outras. Deu para tudo, dueto final com o Jack White, mensagens de esperança num mundo melhor, discursos de teor político, garrafinha de vinho em palco e uma actuação épica e sem cair naquilo que seria o básico de chegar e debitar todos os clássicos. Houve covers: Imagine, Comfortably Numb, Rocking in the Free World e de entre as músicas mais emblemáticas houve emoção no Black e no hino do festival, o Alive.
Depois disto deu só para ouvir uma música de MGMT e ir escutando as seguintes a caminho do autocarro. Já vi o concerto depois na RTP online e sinceramente fiquei algo desiludido. Ou pelo horário tardio, ou por ser absurdo meter alguém naquele palco depois de Pearl Jam ou simplesmente por ter achado que não é tipo de música que funcione em festival num palco principal. Se calhar quem ficou a assistir pode ter tido outra opinião.
Afinal foram duas cervejas! Esta foi no fim da festa!
Se calhar por causa disso é que a foto ficou estupidamente desfocada.
E assim acontece. Próximo concerto no horizonte: Imagine Dragons em Setembro.
Venho dar-vos música! Porque no meio das corridas também tem havido uma forte componente musical a fazer parte da minha vida. E foi num momento de puro impulso que decidi que ia ver o concerto dos Queen + Adam Lambert em Junho.
Eu sei, eu sei, nunca será o mesmo sem o Freddy Mercury. O próprio Adam Lambert fez questão de dizer isso logo no início do concerto para esclarecer alguma dúvida que houvesse. "Can we, please, celebrate Queen and Freddy together?" rematou o Adam no final da sua apresentação para, logo de seguida, introduzir uma música em jeito de promessa: "Tonight, I'm gonna have myself a real good time." Teve ele e tivemos todos nós! "Don't stop me now" era o que eu pensava e cantava de forma eufórica ao interiorizar que o concerto pelo qual tanto tinha ansiado já estava em andamento e já tinham passado pelos meus ouvidos músicas que eu tanto gosto como, por exemplo, o Seven Seas of Rhye ou o Play the Game (que letra tão simples e magistral)! E pouco me ralava ter entrado mesmo em cima da hora de início (há sempre alguém que chega atrasado) e nem sequer ter arranjado uma cadeira para me sentar. Fiquei em pé o tempo todo, mesmo na parte de trás do piso superior do recinto. A única prioridade era que a grávida do grupo tivesse lugar, mesmo que fosse nas escadas, como acabou por acontecer. E rapidamente fiquei com uma inveja tremenda do outro grupo de amigos que estava lá em baixo, mesmo junto ao palco, e que me confirmaram no fim do concerto que era lá que eu também devia ter estado.
No sítio onde estava tinha uma enorme vantagem: podia fazer vídeos à vontade sem incomodar ninguém que estivesse atrás de mim. Um assunto do qual falarei novamente quando comentar os dias do Alive. E fiz alguns, tentei tirar umas fotos, mas estava principalmente a absorver todo aquele ambiente épico. Sim, foi épico reviver todas aquelas músicas, com um Adam Lambert que conseguia sempre colocar o seu cunho pessoal pela forma extrovertida como se apresenta em palco, mas nunca sem pretender imitar o Freddy ou sem transformar o concerto num simples exercício de karaoke.
Quando o Brian May se colocou sozinho numa plataforma a meio do recinto, aconteceu o Love of my Life que contou com um convidado especial:
Podia falar aqui de todas as músicas, uma a uma, contando o que elas me fizeram sentir e as viagens que fiz através do que ia ouvindo, mas poupo-vos essa visita perturbadora à minha juventude. Em alternativa, deixo um vídeo do Who Wants to Live Forever:
E do Bohemian Rapsody, não há vídeo? Pois claro que não, essa foi cantada em plenos pulmões e a conter a lagriminha no canto do olho. Quando, já no encore, começou o We are the Champions percebemos que não havia volta a dar e era hora do sprint final.
O concerto acabou cedo demais. Como teria acabado cedo demais se lá tivéssemos ficado pela madrugada dentro. Eu ainda tentei atirar para o ar a ideia de haver um segundo concerto no dia seguinte, mas não era ali. The show must go on e eles rumaram a Espanha para continuar o resto da digressão e eu rumei a casa a lamentar apenas não ter ouvido o Friends Will be Friends. Teria sido o suficiente para a tal lagriminha se soltar e ter começado a suar pelos olhos, como diz uma certo e determinado companheiro disto dos blogs e das corridas. Próximo relato de concertos: os três dias de NOS Alive.
Já começaram e vão estender-se até perto do final do mês. Queria ter deixado um post diário com uma playlist para vos entreter durante estas semanas, mas como não consegui deixo apenas aqui a maior das surpresas que descobri nos 3 dias de NOS Alive. Até breve!
Não há volta a dar. Às vezes a vida é uma treta e deixa-nos tristes, irritados, desmotivados e deixa-nos marcas que demoram a passar. No meu caso o que faço é fechar-me no meu casulo e isolar-me de tudo e de todos, incluindo daqueles que me querem bem e daquilo que me faz bem. É um traço de personalidade que nunca vai mudar - e acreditem que já tentei. Resolve os problemas? Nem por isso. Ajuda-me a ficar melhor? Não, mas é mais forte que eu.
Entretanto, num assunto completamente não relacionado com o parágrafo anterior, este semana há NOS Alive. O que era suposto ser só um bilhete para o dia 14 transformou-se num passe de três dias. Vamos a isso, já que este ano é muito mais musical que os anteriores. Ainda não vos falei da minha experiência no concerto de Queen e em Setembro também há Imagine Dragons. Umas das minhas bandas de eleição - os Snow Patrol - vai actuar já no dia 12. E para o ano estão no Campo Pequeno em Fevereiro em nome próprio. Não há fome que não dê em fartura! Como sei que têm álbum novo tenho andado a devorá-lo em loop, ajudado pela minha mania de tentar fazer tudo o que seja tarefas domésticas com música de fundo, sobretudo aquelas relacionadas com a cozinha: estender/apanhar roupa; tirar/meter a loiça na máquina; etc.
O álbum começa assim:
"Life on Earth"
Snow Patrol
(...) "It shouldn't need to be so fucking hard This is life on earth It's just life on earth It doesn't need to be the end of you, or me This is life on earth It's just life on earth"
(...)
E continua assim:
"Don't Give In"
Snow Patrol
(...) "Don't give in Don't you dare quit so easy Give all that you got on the soul" (...)
Porra, que esta malta voltou em grande estilo! E inspirado pelas letras destas músicas - e do resto do álbum - hoje de manhã fiz-me à estrada e fui correr! Um treino em ritmo de Maratona e com muito calor, mas aquele calorzinho bom que eu gosto tanto de apanhar!
Em breve falo de outra banda pela qual me apaixonei novamente nos últimos dias e que também tem estado em loop sucessivo na minha playlist caseira. E são portugueses, já agora!
A prova de domingo está feita. Resta aguardar pela reunião para balanço final do evento.
A nossa reunião está feita, os próximos eventos estão em marcha: já neste domingo, já na próxima 5a feira (estou nervoso por antecipação, confesso), talvez em Setembro, de certeza em Outubro, de certeza no Natal e no Fim de Ano novamente.
E eu com vontade de me meter numa brincadeira à parte para Agosto, mesmo sabendo que é meio utópico e logisticamente complicado.
No meio disto tudo há uma Meia Maratona para fazer na Régua e eu começo a achar que a prova terá sempre um elemento extra de dificuldade ao qual não consigo escapar. Em 2016 aconteceu durante o mês de Maio tudo aquilo que alguns de vocês sabem e que não vale a pena recordar. Pimba, desisti ao km 15. Em 2017, na 5a feira antes da prova torci o pé durante o último treino e as palavras mágicas da nossa enfermeira juntamente com toda a força que recebi levaram-me a terminar batendo o meu record pessoal, já melhorado entretanto. Em 2018, também na 5a feira antes da prova, não consegui ir trabalhar devido a... problemas... intestinais... e nem sequer me senti com energia para um derradeiro treino ao fim do dia juntamente com a equipa. Talvez consiga fazer uns quilómetros amanhã, caso contrário será uma semana sem treinos. Se assim for, vamos acreditar que era o descanso que as minhas pernas precisavam neste fim de mês vertiginoso.
O que vale é que passei o serão a ouvir Mamonas Assassínas e isso é o suficiente para me dar a dose de parvoíce diária que preciso, deixar-me com um sorriso nos lábios e cheio de energia. Se calhar ainda os levo na playlist para o Douro Vinhateiro!
Agora vou ali lançar mais uns convites para dia 31 para poder estar - ainda mais - entre amigos.
Bem, também fui apanhado pela febre da Eurovisão e perante a impossibilidade de ter bilhetes para a final ou até para uma das semi-finais, a alternativa foi ir ver um dos ensaios a meio da tarde. A coisa é toda feita de forma profissional e o bilhete só custou 5€, portanto é uma forma pacífica de ter um cheirinho deste louco mundo por dentro.
Foi um espectáculo interessante de se seguir, com imensa pirotecnia e fogo dentro do Pavilhão Atlântico (nota-se que sou velho e não digo Altice Arena) e com muita animação fora dele. Incrível a quantidade de gente que isto movimenta e a maneira fervorosa como muitos vivem a Eurovisão e se vestem "a rigor" para a ocasião.
Penso que Portugal tem estado bastante bem como país organizador - e há que aproveitar que provavelmente nunca mais teremos essa possibilidade - e do que tenho visto a Filomena Cautela tem tido apontamentos fantásticos, sem desprimor para as restantes apresentadoras.
Gostei da Austrália (entre outras) embora tenha a noção que a "Beyoncé" cipriota vai ganhar aquilo. Fiquei tremendamente desiludido com a Suécia. Costumo gostar das músicas que levam, uma delas já passou aqui por este cantinho, mas este ano tive que gramar com um "Justin Bieber".
Para a vossa consideração por mim não descer assim muito drasticamente à conta deste post, à noite ainda houve energia para mais um treino que teve novamente convidados de luxo e que encerra assim um ciclo que me deu um gozo tremendo a organizar.
Tinha dito que não voltava a falar de quem não merece. Não consegui, mas o facto de estar a escrever com um dia de atraso é sinal que pelo menos a coisa está cada vez mais arquivada num cantinho da minha mente e da historia da minha vida.
Mesmo assim, ainda há aqui qualquer coisa que não está totalmente encerrada. Depois de muito tempo sem acontecer, na semana passada dei de caras com quem não merece. Fiquei impaciente e atormentado. Ferveu-me o sangue imediatamente. O meu lado "Suiça-durante-a-Segunda-Guerra-Mundial" transformou-se em algo que não vou transcrever aqui mas que seria uma palavra longa, cheia de hífenes e asteriscos. Muitos asteriscos.
Não há volta a dar, há coisas que o tempo ainda não curou e tenho que me continuar a mentalizar que de vez em quando vou passar por estes 96 segundos em que o meu lado emocional quer dar cabo da minha paz interna. Sim, contei cada segundinho que passou até acabar o martírio.
"You know you can't keep lettin' it get you down
And you can't keep draggin' that dead weight around
If there ain't all that much to lug around
Better run like hell when you hit the ground"
This, too, shall pass. E, valha a verdade, foi o dia 7 de Março de 2016 que deu origem, de forma indirecta, a este blog. Always look on the bright side of life.
(Ontem a outra efeméride do dia fez 14 anos. And nothing else matters!)
Estava apalavrado assim que se soube do concerto, depois a coisa foi ficando meio esquecida e de repente voltou à baila e rapidamente se confirmou a ida e se compraram os bilhetes. Gosto quando as coisas são assim simples e espontâneas.
E o dia, que era de férias tal como os restantes da semana, tornou-se também assim meio espontâneo e ao sabor do vento pelas ruas de Lisboa. Da zona do El Corte Inglés até ao Saldanha e vice-versa, com curta passagem em jeito de corta-mato pelos jardins da Gulbenkian.
E-Turista
Oops, não sei como é que isto me apareceu nas mãos. Era de Snickers, by the way.
Até deu para dar um breve salto ao meu local de trabalho. Sim, num dia de férias entrei alegremente no escritório e senti-me com uma leveza brutal. É claro que só lá fui porque estava nas imediações e porque tinha acabado de lá chegar uma encomenda que, já agora, não ia lá dormir durante o fim de semana. Uma pessoa habitua-se a comprar coisas vindas da China que demoram duas ou mais semanas a chegar e estranha quando algo vindo de Espanha demora um dia e meio. Também deu para a minha chefe me confirmar o descalabro que foi a tentativa de comprar bilhetes para a final da Eurovisão (tenho um feeling que ainda hei-de ser convidado a ir assistir na Praça do Comércio ou algo do género) e para me dar a notícia que uma das pessoas da minha equipa vai rumar a prados mais verdejantes, algo que me acontece muito quando vou de férias. O que ela não sabia é que mesmo de férias eu estava a par do assunto. Preocupo-me com isso na 2a feira.
Encomenda nas mãos, vamos lá apanhar mais um pouco de vitamina D, agora em plena Avenida da Liberdade, Rossio, Praça do Comércio. Enfim, mini-turista em plena Lisboa. Jantar no sítio do costume nestas ocasiões e vamos lá a isso que está na hora da partida do concerto. Após alguma insistência ("Isso foi no São Luiz.") lá consegui somar 2+2 e confirmar que nunca tinha ido ao Tivoli numa troca de argumentos que culminou com a frase cliché "Certo, mas isso não foi comigo."
Na partida, à espera do início
E o concerto? Foi tudo aquilo a que uma pessoa que tem ido a concertos do David está à espera. Quer seja com 10 ou 1000 pessoas ele está ali como se estivesse na garagem a ensaiar ou a tocar para um pequeno grupo de amigos. "Obrigado por terem vindo. Uma pessoa espera que esteja sempre muita gente mas tem sempre medo que não apareça ninguém."
A simplicidade com que ele comunica já é imagem de marca, mesmo quando começa a divagar e quase se perde nos pensamentos. Ou quando já lançou os primeiros acordes da música e pára para completar a ideia sobre a qual estava a falar. Ou quando confessa ter-se distraído com o assobio vindo do público. Ou quando se esqueceu de carregar no pedal e não gravou o sampler, portanto tem que recomeçar a música desde o início. Ou quando está com cãibras a meio da música.
Música atrás de música, história atrás de história, o tempo foi voando num serão muito agradável, onde não faltou a "música para vocês os dois, os maratonistas". Fica só a ressalva que a história até não tem um final feliz.
Venha de lá o próximo concerto, de preferência com a mesma companhia. Deste ficam pérolas de sabedoria - e não há qualquer ponta de ironia aqui, isto fez mesmo tudo sentido - como:
"Tu só te borras quando não te estás a cagar."
"Uma pessoa tem que aproveitar tudo ao máximo: a vida e as pilhas!"
... que não é a mesma coisa. Mas, valha a verdade, desde 24 de Novembro de 1991 nunca mais seria e nessa altura eu era demasiado novo para ter tido a hipótese de os ver em todo o seu esplendor.
E se é para rebentar a carteira este ano e perder dois rins, um fígado, um pulmão e meio intestino delgado então este concerto vem na altura certa. Porque no fim de contas, só se vive uma vez.
Depois de dias e dias de ouvir falar no anúncio do concerto dos Pearl Jam no Nos Alive e de me tentar esquivar a ter que ir, afinal lá me convenceram e mudei de ideias...
Agora vou ter que olhar para o calendário e perceber que provas vou ter que cortar do orçamento.
Que mau timing, tendo em conta que ainda ontem também reservei quarto em Peso da Régua para o último fim de semana de Maio, if you know what I mean...!
As idas ao Coliseu de Lisboa começam a ser quase tão frequentes como as idas a provas. E raramente tem sido uma visita que me desilude!
Esta noite vivi novamente uma viagem ao passado como tantas outras já vividas naquele mesmo espaço. Para os Lamb foi uma viagem de 21 anos, para mim menos uns quantos já que os devo ter começado a ouvir algures na viragem do milénio e cujo percurso na minha existência tinha tido o seu ponto alto em Dezembro de 2003 quando se apresentaram no Pavilhão Atlântico num concerto (mais ou menos) intimista em que o palco estava chegado o mais à frente possível e estariam lá cerca de 3000 pessoas. A primeira parte foi do Damien Rice, já agora.
Hoje acordei com a notícia que me tinha caído nas mãos a possibilidade de ir ver o concerto e uma pessoa até vai trabalhar mais bem disposta. Hoje foi dia para esquecer as preocupações recentes que a vida tem trazido e poder relaxar um pouco.
Nesta viagem que começou lá bem no passado e foi gradualmente chegando aos tempos actuais, o que mais gostei foi ali o ponto intermédio. Foi ali que me senti mais confortável a ouvir a voz maravilhosa da Lou Rhodes a contrastar com a energia do Andy Barlow.
Quando se fala de Lamb o mais natural é que se pense no Gabriel, mas a minha música favorita continua a ser o Gorecki que já aqui tinha deixado no blog. Pois que para não me repetir deixo outra que me toca ao coração. Não é do concerto de Lisboa, mas também é ao vivo, pronto. E fico por aqui, que eu não escrevo sobre música da mesma maneira que escrevo sobre provas mas que não haja dúvidas que são duas coisas sem as quais não vivo.
"What Sound" Lamb
What is that sound Ringing in my ears The strangest sound I've heard for years and years The sound of two hearts Beating side by side The sound of one love That neither one can hide The sound that makes the world go round The sound that makes the world go round What is that sound Running round my head Funny I thought That part was long since dead But now there's new life Crossing through my veins Because there's someone To make it beat again The sound that makes the world go round The sound that makes the world go round The sound that makes the world go round The sound that makes the world go round What is that sound Ringing in my ears The strangest sound I've heard for years and years The sound of two hearts Beating side by side The sound of one love That neither one can hide
Último treino antes da grande prova. Últimas palavras de apoio da malta que fica por cá a torcer à distância via rede social, via app oficial da prova, por telepatia, via pombos-correio... Enfim, de todas as maneiras possíveis e imaginárias.
Está tudo feito. Tudo menos apresentar a música que me tem dado o ânimo final nestas últimas semanas. Se no ano passado a minha paixão era - e ainda é - a Sia, este ano apresento um estilo mais potente, menos polido talvez, mas com muita potência. E é uma forma também de canalizar todo o apoio que tenho recebido e que me vai fazer chegar à linha de partida com a motivação necessária para ter energia para chegar aos 42km. Porque os últimos 195 metros já não são feitos com as pernas, são feitos com o coração!
"Feel Invencible" Skillet
Target on my back
Lone survivor lasts
They got me in their sights
No surrender no
Trigger fingers go
Living the dangerous life
Hey, hey, hey
Everyday when I wake
I'm trying to get up, they're knocking me down
Chewing me up, spitting me out
Hey, hey, hey
When I need to be saved
You're making me strong, you're making me stand
Never will fall, never will end
Shot like a rocket up into the sky
Nothing could stop me tonight
You make me feel invincible
Earthquake, powerful
Just like a tidal wave
You make me brave
You're my titanium
Fight song, raising up
Like a roar of victory in a stadium
Who can touch me cause I'm
I'm made of fire
Who can stop me tonight
I'm hard wired
You make me feel invincible
I feel, I feel it
Invincible
I feel, I feel it
Invincible
Here we go again
I will not give in
I've got a reason to fight
Every day we choose
We might win or lose
This is the dangerous life
Hey, hey, hey
Everyday when I wake
They say that I'm gone; they say that they've won
The bell has been rung, it's over and done
Hey, hey, hey
When I need to be saved
They counting me out, but this is my round
You in my corner; look at me now
Shot like a rocket up into the sky
Nothing could stop me tonight
You make me feel invincible
Earthquake, powerful
Just like a tidal wave
You make me brave
You're my titanium
Fight song, raising up
Like a roar of victory in a stadium
Who can touch me cause I'm
I'm made of fire
Who can stop me tonight
I'm hard wired
You make me feel invincible
I feel, I feel it
Invincible
I feel, I feel it
Invincible
You make me feel invincible
You make me feel invincible
Shot like a rocket up into the sky
Not gonna stop
Invincible
You make me feel invincible
Earthquake, powerful
Just like a tidal wave
You make me brave
You're my titanium
Fight song, raising up
Like a roar of victory in a stadium
You make me feel invincible
Earthquake, powerful
Just like a tidal wave
You make me brave
You're my titanium
Fight song, raising up
Like a roar of victory in a stadium
Who can touch me cause I'm
I'm made of fire
Who can stop me tonight
I'm hard wired
You make me feel invincible
I feel, I feel it
Invincible
I feel, I feel it
Invincible
Diz quem me tem acompanhado neste meu percurso que um dos meus aspectos fortes é a minha capacidade de luta, a minha força de vontade, a minha garra. a minha capacidade de me superar, etc e tal. E a alegria constante com que faço as coisas. (Também dizem coisas más de mim, que eu sei.)
Aquilo que aconteceu esta semana foi precisamente o inverso disso.
As coisas começaram logo mal na 2a feira com aquele fim de tarde manhoso em que tudo correu ao contrário do que era suposto. Agora que penso nisso - sim, eu sei que os homens exageram sempre - podia perfeitamente ter ficado sem um dedo naquela brincadeira. Felizmente que isto está a sarar bem, apesar de ainda estar bastante feio. Fica a história para contar e o ar baralhado dos meus colegas esta semana que me perguntaram o que me tinha acontecido e eu respondia que tinha sido quando estava a tirar a gata da máquina de lavar loiça. Depois disso a semana até foi bastante tranquila e relativamente produtiva cá por casa. "You can't always get what you want"
Do outro lado da barricada, pelo trabalho, a malta gosta de jogar às cartas. Pelo menos é o que parece porque de tempos a tempos estamos a baralhar e dar de novo. Depois do choque inicial de nova reestrutura nos vários departamentos, já passei os vários estágios de luto (o meu antigo formador ficaria orgulhoso por eu estar a reconhecer os passos e aplicar isto na prática) e estou na fase da aceitação, embora ainda com vontade de tentar uma negociação final. Vou ficar a gerir metade da minha equipa actual e receber outra metade que vem das outras equipas. Vou ficar a trabalhar com a mesma equipa de supervisores e com a minha actual chefe directa. Vou deixar de me preocupar com as tarefas que menos gostava de gerir e manter as outras que são mais stressantes e não me vão deixar ter tempo para respirar durante o dia todo. Mas vou continuar a ter gosto no que faço, de certeza. Não, não necessariamente, mas vou continuar a mostrar todo o meu profissionalismo e a dar valor às pequenas coisas do dia-a-dia, como a cliente de 78 anos que esta semana começou por reclamar de forma veemente com um colega e acabou a elogiar o charme (palavras dela) com que lhe expliquei e resolvi a situação. Uma pequena vitória destas por dia e fico feliz. "You can't always get what you want"
E correr, que é bom e bonito? Zero. Uma semana para esquecer a esse nível. Ok, fiz duas belas caminhadas por Lisboa depois do trabalho que serviram para me manter minimamente activo, mas tenho ali um plano de treinos a fazer-me comichão à vista. E porque a semana não foi fácil na 3a tive o ponto mais baixo quando vinha a conduzir para casa depois do trabalho. Uma pessoa quando não está bem não deve ficar com demasiado tempo livre para pensar. Comecei a visualizar os próximos desafios, as próximas provas, e como nem são muitas ponderei cancelar tudo e fazer um interregno até ao final do ano. Felizmente a viagem até casa foi curta porque eventualmente esse tipo de ideias não voltou. Mesmo assim desliguei do Strava, não andei a ver treinos de ninguém. Desliguei da rede social o mais que pude, ignorei por completo o que se passava no grupo e no chat do grupo. A única coisa que fiz por lá foi em duas palavras (re)confirmar a presença na Meia Maratona de Coimbra, o que até foi positivo para quem tinha pensado em parar uns tempos. Olhando agora com calma para o plano de treinos da Maratona e comparando com o mesmo período em 2016, reparo que este ano fiz menos 4kms de corrida. Tivesse eu feito uma semana normal e estava tudo ok. E vai na volta ainda me dá na cabeça ir correr amanhã, portanto... "You can't always get what you want"
Pelo meio ainda vi Ben Harper ao vivo. E podia simplesmente não escrever mais nada e deixar as reacções para quem for ler. Não sou propriamente fã e não passei a ser depois do concerto, embora lhe reconheça muita qualidade naquilo que faz e uma alegria em palco de quem está a sentir cada nota que toca e a absorver toda a energia positiva que recebe do público para a canalizar novamente para a sua actuação. Não é um estilo de música que me fascine, mas quando se ganham bilhetes uma pessoa lá condescende a dar uma oportunidade. Ainda me lembro quando fui meio desconfiado ver Muse no Campo Pequeno e tiveram que me arrastar para fora da sala no final porque eu suspirava por mais encores! "You can't always get what you want"
E assim acontece. Este texto serve sobretudo para atirar cá para fora alguns pensamentos difusos que andavam a voar-me pelo cérebro - que nestes dias está meio oco - e espero que me ajude a encerrar uma semana que foi meio para esquecer. Ou meio para relembrar. "But if you try, sometimes, you just might find you get what you need!"
E pronto, all good things come to an end. Agora vou ali pensar na playlist para as próximas férias.
Mais dia, menos dia, hei-de responder aos vossos comentários e em breve vou ler todas as novidades dos vossos cantinhos para saber o que perdi nestes 15 dias.
"Home" Edward Sharpe & The Magnetic Zeros
(...) Well, holy moly me oh my You’re the apple of my eye Girl, I've never loved one like you (...) I'll follow you into the park, Through the jungle, through the dark Girl, I've never loved one like you (...) And in the streets you run afree, Like it's only you and me, Geez, you're something to see. (...) Home, let me come home, Home is wherever I'm with you Our home, yes, I am home, Home is when I’m alone with you (...)
(...) Cause with your hand in my hand And a pocket full of soul I can tell you there's no place we couldn't go (...) Cause I don't wanna lose you now I'm lookin' right at the other half of me The vacancy that sat in my heart Is a space that now you hold Show me how to fight for now And I'll tell you, baby, it was easy Comin' back into you once I figured it out You were right here all along (...)