É certo que as prestações nacionais nos Jogos Olímpicos são sempre discretas - e nem quero entrar pelos poucos apoios, pela falta de condições nas modalidades menos mediáticas, etc. A verdade é que para a generalidade dos adeptos de sofá grande parte dos desportos só existe de 4 em 4 anos quando há Jogos Olímpicos e para muitos dos atletas presentes na competição já terem chegado ao Brasil - e sobreviver enquanto estão por lá, já agora - é uma medalha. Por vezes ficar no top 15 ou top 20 já é um feito fantástico. Ainda há poucas semanas, numa reportagem do Linha da Frente da RTP o próprio Nélson Évora dizia ter ganho mais dinheiro por participar em campanhas publicitárias no período em que esteve parado por lesão do que teria ganho se estivesse a competir.
Perante isto ganhar efectivamente uma medalha é motivo de grande orgulho e se há alguém que ao longo dos anos mostrou capacidade para o fazer foi a Telma. Infelizmente teve sempre resultados decepcionantes em Jogos Olímpicos e era alvo de bastantes críticas, mas ontem teve o seu momento de glória! Fantástica a vitória no combate que dava acesso ao combate para a medalha de bronze e um óptimo desempenho para ganhar à atleta romena. A raça e o querer estavam bem espelhados na cara da Telma, a maneira como festejou gritando "Eu vim para ficar!". No meio de tantas imagens de raiva em que libertou as suas emoções, fica esta em que está com um tremendo ar de felicidade.
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| "Portugueses, esta medalha não é minha, é nossa!" |
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