Venho dar-vos música! Porque no meio das corridas também tem havido uma forte componente musical a fazer parte da minha vida. E foi num momento de puro impulso que decidi que ia ver o concerto dos Queen + Adam Lambert em Junho.
Eu sei, eu sei, nunca será o mesmo sem o Freddy Mercury. O próprio Adam Lambert fez questão de dizer isso logo no início do concerto para esclarecer alguma dúvida que houvesse. "Can we, please, celebrate Queen and Freddy together?" rematou o Adam no final da sua apresentação para, logo de seguida, introduzir uma música em jeito de promessa: "Tonight, I'm gonna have myself a real good time."
Teve ele e tivemos todos nós! "Don't stop me now" era o que eu pensava e cantava de forma eufórica ao interiorizar que o concerto pelo qual tanto tinha ansiado já estava em andamento e já tinham passado pelos meus ouvidos músicas que eu tanto gosto como, por exemplo, o Seven Seas of Rhye ou o Play the Game (que letra tão simples e magistral)! E pouco me ralava ter entrado mesmo em cima da hora de início (há sempre alguém que chega atrasado) e nem sequer ter arranjado uma cadeira para me sentar. Fiquei em pé o tempo todo, mesmo na parte de trás do piso superior do recinto. A única prioridade era que a grávida do grupo tivesse lugar, mesmo que fosse nas escadas, como acabou por acontecer. E rapidamente fiquei com uma inveja tremenda do outro grupo de amigos que estava lá em baixo, mesmo junto ao palco, e que me confirmaram no fim do concerto que era lá que eu também devia ter estado.
No sítio onde estava tinha uma enorme vantagem: podia fazer vídeos à vontade sem incomodar ninguém que estivesse atrás de mim. Um assunto do qual falarei novamente quando comentar os dias do Alive. E fiz alguns, tentei tirar umas fotos, mas estava principalmente a absorver todo aquele ambiente épico. Sim, foi épico reviver todas aquelas músicas, com um Adam Lambert que conseguia sempre colocar o seu cunho pessoal pela forma extrovertida como se apresenta em palco, mas nunca sem pretender imitar o Freddy ou sem transformar o concerto num simples exercício de karaoke.
Quando o Brian May se colocou sozinho numa plataforma a meio do recinto, aconteceu o Love of my Life que contou com um convidado especial:
Podia falar aqui de todas as músicas, uma a uma, contando o que elas me fizeram sentir e as viagens que fiz através do que ia ouvindo, mas poupo-vos essa visita perturbadora à minha juventude. Em alternativa, deixo um vídeo do Who Wants to Live Forever:
E do Bohemian Rapsody, não há vídeo? Pois claro que não, essa foi cantada em plenos pulmões e a conter a lagriminha no canto do olho. Quando, já no encore, começou o We are the Champions percebemos que não havia volta a dar e era hora do sprint final.
O concerto acabou cedo demais. Como teria acabado cedo demais se lá tivéssemos ficado pela madrugada dentro. Eu ainda tentei atirar para o ar a ideia de haver um segundo concerto no dia seguinte, mas não era ali. The show must go on e eles rumaram a Espanha para continuar o resto da digressão e eu rumei a casa a lamentar apenas não ter ouvido o Friends Will be Friends. Teria sido o suficiente para a tal lagriminha se soltar e ter começado a suar pelos olhos, como diz uma certo e determinado companheiro disto dos blogs e das corridas.
Próximo relato de concertos: os três dias de NOS Alive.
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