Na 2a feira fui-me deitar às 22:17. Memorizei por ser uma hora estranha mas fantástica para ir descansar, perante o espanto do mundo em geral. Números redondos, foi cerca de 3 horas mais cedo que o habitual...
Na 3a feira antes das 8:00 já estava no escritório - perante o espanto da malta da minha equipa que entra às 8:00, mas chega sempre às 8:10, 8:15 na esperança que eu não fique a saber do atraso - mas nem meia hora depois já estava a falar com a minha chefe que imediatamente percebeu que eu não estava bem. (E não estava...)
Resumindo: voltei para casa - felizmente tive boleia, o que facilitou muito - e... dormi. Acordei à hora de almoço, bebi um chá e... dormi. E assim sucessivamente até ser hora de ir... dormir. Na verdade, devo ter dormido mais naquele dia do que na última semana inteira. Dormi tanto que os meus sonhos pesadelos já tinham continuação, como se fossem episódios de um Chicago PD ou talvez a sequela de um qualquer filme de acção. Até certo ponto foi assustador acordar e perceber o quanto senti aquilo tudo como se fosse real. (Vocês não estão a imaginar o enredo de espionagem, corrupção e - seriously - assassinatos que a minha mente sórdida criou.)
4a voltei ao trabalho, mas a meio gás. Fugi o mais que pude do computador, mas não consegui evitar as habituais dores de cabeça que me atormentam por lá no dia a dia. E 5a não vou - pela primeira vez em não-sei-quantos-anos - trabalhar num dia feriado. E possivelmente dormir mais.
Estou a duas semanas de entrar de férias e sinto que nunca precisei tanto delas com este ano. Tem sido o mais cansativo da minha vida: a nível profissional, pessoal e "atlético". Cheio de coisas boas e coisas más. Momentos que nunca esquecerei, erros que não voltarei a repetir. Até já estou a preparar um daqueles chavões que são os momentos do ano de 2016 para passar em revista mais perto de dia 31.
Curiosamente, na 3a feira acabei por faltar a uma reunião em que um dos tópicos que eu ia abordar era a facilidade com que as pessoas ultimamente metem baixa e o quanto isso tem prejudicado o nosso desempenho no trabalho. Porque há baixas por tudo e por nada que se misturam com outras que são totalmente justificadas e necessárias; porque são sempre os mesmos que dia-sim, dia-não estão a meter mais uma semaninha de baixa; porque o excesso de absentismo de uns causa uma sobrecarga de trabalho em todos os outros que são cumpridores e estão lá a aguentar o barco. E quando é preciso resolver um berbicacho complicado, a quem é que se pede? E o berbicacho seguinte? E o próximo...? Pois é.
Plano para combater isto? Descansar mais e melhor. Treinar de forma mais consistente. Deixar as preocupações numa pastinha no computador do trabalho e não trazer a pasta para casa.
Estou a dar em maluquinho? É uma possibilidade. Isto talvez explique a luta mental que foi terminar Évora e a quebra no terço final dos Descobrimentos. Muito se tem falado em "burn out" no escritório, muitos de nós estamos presos por arames à espera das férias de fim de ano para tentar carregar baterias. Acho que a minha bateria descarregou por completo antes de tempo. Resta saber se estará a ficar viciada.
Espero que te tenha servido de alerta: tens mesmo de abrandar e descansar mais. A tua saúde é o bem mais importante que tens!
ResponderEliminarAs melhoras :)
Se há uma coisa que eu tenho pouco é juízo, portanto ainda deve demorar um bocado a assimilar o aviso.
EliminarObrigado. :)
Isso foi de teres feito aquela viagem à China a pé...
ResponderEliminarVê lá se melhoras depressa!!
Caramba, não tinha pensado nisso! És bem capaz de ter razão! Obrigado, eu prometo que volto em breve...
EliminarIsso é que não são nada boas notícias, precisas mesmo de descansar, tens que ouvir melhor o teu corpo, ok ;)
ResponderEliminarFica melhor!!
Pois... Preciso mesmo, agora é que disseste uma grande verdade. Fora isso, é ler o comentário ali de cima em relação ao meu juízo.
EliminarObrigado!